Sabrina Carpenter tem surfado uma onda de sucesso que parece não ter fim. Depois de chegar ao topo das paradas com “Espresso” e emplacar outro hit com “Please Please Please”, a artista lançou recentemente o videoclipe de “Manchild” e o público, como de costume, começou a traçar paralelos.
Desta vez, a comparação mais comentada foi com “Your Body”, clipe lançado por Christina Aguilera em 2012. Em ambos, loiras fatais seduzem e eliminam homens com um toque cômico e um quê de vingança feminista.
Mas, ao contrário do que muitos apostaram, não foi Xtina a musa da vez. Sabrina garante que sua grande inspiração para “Manchild” veio de outro universo: o cinema.
“Na verdade, eu estava assistindo um monte de trailers de filmes”, contou à Rolling Stone, entre risos.
“Amo a maneira como trailers conseguem condensar tanta emoção em tão pouco tempo. Você vê uma expressão, uma lágrima, uma dança, e de repente já está envolvido numa narrativa inteira”, explicou a cantora.
Com direção de Vania Heymann e Gal Muggia dupla conhecida por trabalhos com Dua Lipa e Coldplay o clipe de “Manchild” aposta numa linguagem visual marcada por cortes rápidos, cores saturadas e enquadramentos dramáticos.
No enredo, Sabrina aparece pedindo carona em uma estrada deserta, apenas para atrair e assassinar uma sequência de homens, um por um. Tudo com muita ironia e estilo, como manda o figurino da nova era pop em que ela se insere.
A cantora parece brincar com os clichês dos filmes de terror e dos romances açucarados ao mesmo tempo. É um clipe que, em poucos minutos, entrega tensão, sensualidade, humor negro e uma estética que remete, sim, ao universo dos trailers hollywoodianos com direito a pausas dramáticas e closes estratégicos.
“São esses retratos rápidos que contam uma história inteira em segundos. Eu queria capturar isso”, disse Sabrina.
A ideia era fazer com que o clipe tivesse a mesma força emocional de um bom trailer: aquele que te deixa curioso, envolvido e com a sensação de que já viveu uma jornada.
Sabrina Carpenter: Polêmicas, inspirações e a recusa a referências maliciosas
Sabrina também aproveitou o momento para afastar outro rumor que vinha tomando força nas redes: a suposta inspiração em “Lolita”, filme polêmico de 1997.
Uma foto divulgada recentemente, em que ela aparece deitada na grama, molhada por um aspersor, foi comparada a uma cena do longa. Mas a artista foi categórica: “Nunca assisti a esse filme. Ele nunca fez parte do meu painel de referências e nunca faria”.
A resposta direta mostra que, embora a nova estrela do pop flerte com a provocação estética, ela sabe bem onde pisa. Com uma equipe criativa afiada e um olhar afetuoso para o audiovisual, Sabrina Carpenter segue moldando sua identidade sem medo de arriscar e, pelo visto, sem dever nada a ninguém.
Enquanto isso, “Manchild” segue crescendo nas plataformas, comprovando que a cantora sabe muito bem como transformar inspiração em espetáculo.