
Sabrina Carpenter está longe de querer agradar a todos — e deixa isso claro. A cantora, que prepara o lançamento de “Man’s Best Friend” para o dia 29 de agosto, se viu no centro de uma enxurrada de críticas por conta da capa provocativa de seu novo álbum. Mas, ao invés de recuar, ela foi direto ao ponto: não está nem um pouco preocupada com o barulho.
A imagem que desencadeou a polêmica mostra Sabrina ajoelhada, de vestido preto e salto alto, com o cabelo puxado por uma figura masculina fora de quadro — uma composição que gerou acusações de misoginia e glamourização da submissão feminina. Para alguns, a capa é uma provocação artística. Para outros, um desserviço.
Quem não poupou palavras foi a Glasgow Women’s Aid, organização escocesa que combate a violência contra mulheres. Em um comunicado incisivo, o grupo disparou: “Isso não é ousadia, é retrocesso. A imagem reduz mulheres a objetos submissos, alimenta estereótipos nocivos e normaliza dinâmicas de poder abusivas.”
A instituição também questionou a decisão de Sabrina em usar uma estética tão controversa, especialmente com um público majoritariamente jovem e feminino. “Ela está promovendo estereótipos misóginos. Vamos lá, Sabrina. Você pode — e deveria — fazer melhor”, concluiu a nota.
Mas Sabrina, aparentemente, não está perdendo o sono. Em entrevista à Rolling Stone, a artista reagiu com firmeza e ironia à onda de reprovação: “Estou saboreando o privilégio de ninguém ter escutado o álbum ainda. Isso me dá liberdade. Não me importo, estou empolgada demais com o que criei.”
A fala ressoa como um manifesto artístico. O novo disco é o sucessor direto de “Short N’ Sweet”, álbum que consolidou a nova fase de sua carreira e lhe rendeu seis indicações ao Grammy. E ao que tudo indica, “Man’s Best Friend” deve continuar no mesmo tom — provocador, ousado e disposto a incomodar.
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O significado de ‘Manchild’ para Sabrina Carpenter
A cantora e compositora Sabrina Carpenter, 26, está oficialmente em uma nova fase artística. Após o sucesso do álbum Short n’ Sweet, ela retorna com o provocativo single Manchild e anuncia seu próximo trabalho de estúdio, Man’s Best Friend, previsto para 29 de agosto.
Em entrevista recente à Rolling Stone americana, Sabrina foi direta ao comentar o significado por trás da faixa recém-lançada. Questionada sobre o tema central de Manchild, respondeu com brevidade e certa ironia: “É sobre seu pai”.
A artista, que tem se consolidado como uma das vozes mais interessantes do pop atual, também abordou os comentários a respeito da frequência de seus lançamentos. Em um momento reflexivo, defendeu a intensidade criativa do novo disco: “Sem querer ser dramática, mas o que posso fazer enquanto minhas pernas ainda funcionam? Estou ágil, vamos usar isso. Meu cérebro está afiado, vamos escrever. Tento não ficar triste com o fato de que nada dura para sempre, mas genuinamente, é um momento tão bonito agora. Quero absorver tudo e continuar criando coisas enquanto me sinto assim.”
Carpenter também evocou nomes clássicos da música ao justificar a decisão de lançar um novo projeto em tão pouco tempo. “De Dolly Parton a Linda Ronstadt, elas lançavam álbuns de 10 músicas todo ano… Eu penso ‘Quando paramos de fazer isso?’ Compositores escrevem, eles fazem música e lançam música. Eu entendo a beleza de desaparecer. Meus dois últimos álbuns levaram dois anos e meio para fazer e eles precisaram desse tempo. Eu acho que cada projeto é diferente. Você só precisa sentir que é o momento certo.”
Jack Antonoff, parceiro de longa data de Sabrina e produtor também de Short n’ Sweet, revelou que Manchild é sua colaboração favorita com a cantora até agora. Sobre o álbum, ele insinuou que há muito mais por vir: “As coisas que fizemos no último álbum — coisas que as pessoas realmente amaram — foram apenas o começo de onde queríamos chegar. É tipo, ‘Ah, você gostou? Bem, espere só.’”