
Murilo Huff, pai dedicado e parceiro na criação do pequeno Leo, recorreu a um recurso importado dos EUA para lidar com um tema delicado: a diabetes tipo 1 do filho, diagnosticada aos dois anos de idade após o falecimento de Marília Mendonça.
Instaurada aos cinco anos, a doença exige atenção constante e por isso acabou virando parte da rotina eletrônica do garotinho.
O sensor utilizado por Leo, aprovado por sua endocrinologista, é inserido diretamente na pele e envia leituras automáticas dos níveis de glicose no seu organismo, por meio de um sistema contínuo.
Com isso, Murilo dispõe de dados precisos sem precisar fazer a ‘picadinha’ tradicional no dedo, mesmo que em casa ainda seja necessária uma conferência manual pontual. Esse tipo de tecnologia já existe no Brasil, mas os valores entre R$ 250 e R$ 330 por sensor, com vida útil de 14 a 15 dias são bastante elevados para famílias brasileiras.
A justificativa para importar o aparelho é simples: qualidade e conforto para uma criança ativa como Leo, que entediada demonstra dificuldade em lidar com a própria doença.
Como descreveu a avó Ruth Moreira, o sensor “sai do lugar” e impede o uso adequado; daí a necessidade de uma tecnologia mais resistente encontrada no aparato americano. A implantação nos EUA foi facilitada pelo pai, atento a todas as etapas do tratamento.
A avó Ruth também destacou que, nas crianças, o aspecto emocional pode agravar a condição. Stress e tristeza sensações que Leo enfrentou após perder a mãe elevam cortisol ou hormônios inflamatórios, atrapalhando o equilíbrio da insulina.
Assim, o chamado “diabetes emocional” não existe formalmente na medicina, mas sintomas de hiperglicemia podem sim ser desencadeados por fatores psicológicos, segundo a endocrinologista Lanna Gomes.
Ver essa foto no Instagram
O esforço para lidar com a doença é intenso: “É dia e noite que a gente monitora a glicemia dele”, conta Ruth. Jogar bola, pular, brincar tudo muda nas hemoglobinas. “Quando ele se empolga brincando, a glicemia despenca; se está cansado ou triste, sobe.”
Para evitar surpresas, a família mantém a mão firme: doses de insulina são administradas em cada refeição ou em caso de hiperglicemia, e os valores são ajustados conforme a atividade e monitoramento.
Mesmo usando bomba de insulina por um tempo, Leo e a família preferem o sensor contínuo por ser mais comodo. A bomba, diz Ruth, saiu do lugar com frequência e gerava episódios de baixa glicemia durante o dia afinal, a criança não para. Por isso, o sensor é considerado melhor opção no momento.
No entanto, apesar de tanta tecnologia e cuidados, a adaptação ainda é cotidiana. Leo, com cinco anos, sabe que precisa furar o dedo chamam de “hora de fazer o dedinho” e recebe a insulina conforme a contagem de carboidratos anteriores. “Ele já entende o processo”, revela a avó.
A cada aniversário ou festa, a equipe médica e familiar trabalha em sintonia para garantir segurança e bem-estar.
Ruth faz um alerta importante: muitas famílias não reconhecem sinais iniciais da doença, que podem surgir mesmo em crianças que não consomem doces frequentemente. “Sempre foi saudável, não tinha doce no dia a dia, mas não sabíamos sobre diabetes tipo 1. É preciso informação.”
O envolvimento emocional, muitas vezes inesperado, precisa ser levado em conta nas investigações médicas um olhar que muitas famílias ainda ignoram.
Murilo Huff: Tecnologia, amor e vigilância ativa
Em suma, o monitoramento sofisticado aliado ao apoio familiar tornou-se peça fundamental no controle da diabetes de Leo. Murilo Huff, além de prover recursos importados, colabora com a rotina e o suporte médico; Ruth acompanha cada sinal físico e emocional; e a babá Luciene, que também convive com diabetes, faz parte do time de cuidado.
Esse quadro exige absolutamente vigilância:
“A alta pode gerar sérias complicações no futuro; a baixa, até morte súbita.” Assim, mesmo com o avanço tecnológico e a adaptação emocional de Leo, a rotina é marcada por dedicação e cumprimento de metas sempre com olhar afetuoso e ajustamento constante.
Essa história é uma combinação de tecnologia, coração e atenção a cada detalhe: Leo pode ser criança feliz com monitor à tira-colo e equipe 24 horas , mas a doença e seus efeitos emocionais mantêm todos alerta. E assim segue o cuidado: próximo, comprometido e cheio de afeto.