
Logo após o lançamento do videoclipe de “Manchild”, as redes sociais fervilharam com comparações entre Sabrina Carpenter e Christina Aguilera. Para muitos fãs, as cenas do novo clipe da estrela pop remetiam diretamente ao icônico “Your Body”, lançado por Aguilera em 2012. Mas segundo a própria Sabrina, a referência visual veio de outro lugar — e bem mais cinematográfico.
“Estava assistindo a um monte de trailers de filmes”, contou ela à Rolling Stone. “Amo como eles são editados. Você pode começar a chorar em três segundos só por causa da expressão de alguém. Alguém sorri, depois chora, depois beija, depois dança… são pequenos retratos que parecem contar uma história inteira em pouquíssimo tempo.”
Com direção da dupla Vania Heymann e Gal Muggia — os mesmos responsáveis por “We’re Good” de Dua Lipa e “Up&Up” do Coldplay — o clipe de “Manchild” apresenta Sabrina à beira da estrada, pegando carona e seduzindo diferentes homens, que acabam mortos logo após o envolvimento com ela. A estética intensa e provocativa do vídeo gerou debates, mas Sabrina afirma que tudo foi pensado como uma colagem de emoções inspirada na linguagem dos trailers cinematográficos.
Mas não foi só o vídeo que causou burburinho. Uma sessão de fotos recente feita para a revista W reacendeu uma discussão mais delicada: um usuário do TikTok apontou semelhanças entre a imagem de Sabrina deitada em um gramado, molhada por um aspersor de jardim, e uma cena do controverso filme “Lolita” (1997), estrelado por Dominique Swain. A artista, no entanto, foi categórica ao negar qualquer associação.
“Eu nunca vi esse filme. Ele nunca esteve no meu quadro de inspirações — e nunca estaria”, respondeu.
Sabrina Carpenter: curiosidades sobre a cantora do momento
Sabrina Carpenter já provou ser muito mais do que um rostinho bonito no topo das paradas. Com uma carreira em ascensão meteórica e uma base de fãs cada vez mais fervorosa, a cantora, compositora e atriz tem mostrado que carisma, inteligência e autenticidade são seus maiores trunfos. Em um perfil arrebatador para a Rolling Stone, Sabrina deixou claro: por trás dos hits doces e da estética retrô cuidadosamente arquitetada, existe uma mente afiada, com os pés no chão — e mergulhada em uma banheira de gelo minutos antes de subir ao palco.
“Você nunca vai ter uma conversa boba com ela”, revela Paloma Sandoval, melhor amiga da artista, que compartilha com Sabrina a criação de canções e até banhos congelantes no backstage da turnê Short n’ Sweet. Aliás, foi de uma noite de sono dividida entre as duas que nasceu “Bed Chem”, faixa que resume bem a fase atual da cantora: leve, sedutora e embalada por conexões reais.
Se você já suspeitava que Sabrina era fã de ABBA, prepare-se para o mergulho completo: seus gatos têm nomes inspirados na banda sueca, e Björn Ulvaeus, lenda viva do grupo, não só ofereceu um tour VIP no museu do ABBA em Estocolmo como também lhe deu conselhos valiosos. “Tudo começa com uma música”, disse ele — conselho que Sabrina leva a sério. “Não tem plano mestre. Fiquei triste quando fiz Emails I Can’t Send, e feliz quando fiz Short n’ Sweet. Foi só isso.”
Mas o ABBA não reina sozinho em suas influências. Jack Antonoff, parceiro criativo, trouxe a energia progressiva da Electric Light Orchestra para o estúdio. A mistura do sintético com o orgânico resultou em um álbum que soa como um caleidoscópio emocional — tão teatral quanto honesto, tão moderno quanto nostálgico.
Sabrina também conquistou outro ícone: Dolly Parton. As duas dividiram os vocais em uma versão deluxe de “Please Please Please”, e Dolly não esconde o desejo de repetir a dose. “A conexão entre nós era inevitável”, confessou. E se isso já soa inusitado, imagine Sabrina dividindo o palco do Saturday Night Live com Paul Simon. A música? “Homeward Bound”. A vibe? Pura reverência — com direito a ajuste na letra para tirar o cigarro de cena.
Nada em Sabrina Carpenter parece ser por acaso — nem mesmo suas brincadeiras com Paloma sobre como se conheceram (spoiler: foi em um restaurante vegano, mas elas preferem inventar versões mais divertidas). Sarah, sua irmã e fotógrafa pessoal, também tem um papel central: além de nunca ter perdido um show sequer, ela documenta a trajetória da artista em Polaroids tiradas com uma câmera herdada do tio-avô. Um livro com esses registros já está nos planos.
Apesar de estar no epicentro da cultura digital, Sabrina tem espírito analógico. Fala abertamente sobre não gostar do cheiro da maconha, tem chocolate como vício confesso e considera proibir celulares em seus shows. “Vi o Silk Sonic em Vegas com o celular trancado. Foi a melhor experiência da minha vida. Me senti nos anos 70.”
Essa volta ao essencial também se reflete na forma como ela enxerga o sucesso: “Se eu quiser lançar um clipe de ‘Busy Woman’ daqui a dois anos, eu lanço. Não tem mais regra.” A mesma liberdade se aplica ao novo álbum, Man’s Best Friend, que chega menos de um ano após o último disco. “Eu poderia ter prolongado Short n’ Sweet, mas preferi criar de novo. Me senti inspirada.”
Na era do conteúdo acelerado, Sabrina Carpenter aposta em profundidade. “Visual importa”, afirma. “Cada look, cada símbolo, tudo comunica. No fim, tudo precisa parecer comigo.” E parece mesmo. Dos banhos de gelo à ausência de filtros emocionais, Sabrina Carpenter construiu um universo onde vulnerabilidade e controle coexistem. Onde memes e melodias andam de mãos dadas.
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