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Karol G conquista o Brasil com inédita música em português

Com versos em português e batidas de funk, Karol G mira de vez no público brasileiro

Karol G conquista o Brasil com inédita música em português -  (crédito: TMJBrazil)
Karol G conquista o Brasil com inédita música em português - (crédito: TMJBrazil)

A cantora colombiana Karol G, uma das maiores estrelas do cenário latino, acaba de lançar seu mais recente trabalho, o álbum “Tropicoqueta”, nesta sexta-feira (20). Entre as 20 faixas que compõem o disco, chama atenção a aposta inédita em uma canção em português: “Bandida Entrenada”, que combina a energia do funk brasileiro com versos na nossa língua, mostrando o carinho da artista pelo Brasil e sua cultura.

Desde que desembarcou em solo brasileiro no ano passado, com um show solo em São Paulo e a posição de headliner no Rock in Rio, Karol G vem fortalecendo sua conexão com o público daqui. Para aprimorar a comunicação, a artista incorporou um professor de português em sua equipe durante a turnê “Mañana Será Bonito”, chegando ao ponto de conceder uma entrevista totalmente em português antes de se apresentar em Buenos Aires, na Argentina.

O novo álbum traz um mergulho profundo nas raízes latinas de Karol G, homenageando não só os ritmos marcantes como reggaetón, cumbia, merengue, bachata, vallenato e mariachi, mas também celebrando a força das mulheres e a riqueza da identidade cultural latina. Em suas próprias palavras, o disco é “uma carta de amor para quem nós somos”, um projeto que representa um universo de emoções e que, para ela, não tem uma faixa favorita, já que todas transportam o ouvinte a diferentes sensações.

“Tropicoqueta” já está disponível em todas as plataformas digitais e promete ser um marco na carreira da artista, especialmente para o público brasileiro, que já demonstra entusiasmo pela faixa em português. A expectativa é que “Bandida Entrenada” se torne uma nova trilha sonora para as festas e playlists por aqui.

Karol G rebate críticas ao novo álbum e defende liberdade artística

Karol G não está disposta a se moldar às expectativas de ninguém. Em entrevista à revista Variety, a estrela colombiana falou abertamente sobre as reações ao seu mais recente lançamento, o álbum Tropicoqueta, que estreou na última sexta-feira e já está dando o que falar.

O ponto central das críticas? O single “Latina Foreva”, no qual a artista aparece cantando versos que exaltam o corpo feminino, ao mesmo tempo em que ostenta um figurino ousado em cenas à beira da piscina.

“Sabia que nos ver de biquíni e ouvir eu cantando sobre peitos e bundas iria gerar discussão”, afirma Karol, com a serenidade de quem conhece o próprio terreno. “Mas esse álbum tem tudo: tem faixas profundas, emocionantes, que tocam a alma. E também tem momentos divertidos. Às vezes, são picantes, porque nós, latinas, somos tudo. Por que não podemos ser tudo?”

Com um discurso direto, Karol rebate as acusações de que estaria sexualizando o corpo da mulher latino-americana de forma excessiva. Para ela, essa visão é limitada e pouco condizente com o que propõe artisticamente: autenticidade, complexidade e liberdade.

Desde que explodiu no cenário latino com hits como “Tusa” e “Bichota”, Karol G tem se mostrado uma figura multifacetada. O sucesso de Tropicoqueta só reforça sua habilidade em transitar entre o pop, o reggaeton, o rap e até elementos de funk brasileiro  como em sua colaboração com a dupla Tropkillaz. E se o álbum causou ruído, Karol encara isso como um sinal de que sua arte está tocando onde precisa.

“Tenho plena consciência de que hoje mais pessoas me assistem, e isso muda a responsabilidade”, disse à Variety. “Mas sei que nem todo mundo vai gostar de mim, e está tudo bem. Estou seguindo meu coração  e é isso o que você vai encontrar nesse disco.”

Mais do que respostas afiadas, Karol deixa claro que suas decisões criativas são reflexo de uma identidade em constante evolução, que se recusa a caber em rótulos. O resultado é um trabalho que, mesmo enfrentando resistência, continua a ocupar espaço e levantar debates importantes sobre feminilidade, expressão cultural e autonomia.

 

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LS
postado em 25/06/2025 20:05
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