
Em meio à divulgação de seu novo trabalho, Lorde protagonizou um momento inusitado durante uma participação no canal do youtuber Derrick Gee. Ao reagir a uma seleção musical preparada por ele, a cantora neozelandesa ficou surpresa ao ouvir “Fever”, faixa do lendário Erotica (1992), de Madonna — e admitiu que nunca escutou o disco completo. “Preciso ouvir o Erotica. Tenho uma grande falha aí”, confessou, com bom humor.
A revelação rapidamente repercutiu nas redes, especialmente entre fãs da rainha do pop. Afinal, Erotica não é apenas um álbum: é um divisor de águas na cultura pop. Lançado em outubro de 1992, o projeto chegou acompanhado do livro “Sex”, que chocou o mundo ao abordar, de forma frontal, temas como sexualidade, identidade e liberdade feminina — tudo isso enquanto Madonna se mantinha no topo das paradas e enfrentava críticas ferozes da mídia conservadora.
Lorde, que nasceu em 1996 — quatro anos após a estreia do disco —, cresceu em uma geração que já colhia os frutos da transgressão artística de Madonna. Ainda assim, a cantora de “Royals” reconheceu que precisa revisitar essa fase da música pop. “Fever”, a canção que causou a surpresa, é uma reinterpretação sensual do clássico de 1956 de Little Willie John. Nas mãos de Madonna e do produtor Shep Pettibone, a faixa ganhou batidas eletrônicas, estética provocadora e um videoclipe dirigido por Stéphane Sednaoui.
Gravado em Miami, o clipe mostra Madonna com uma peruca vermelha vibrante e o corpo coberto por pintura dourada, dançando diante de imagens caleidoscópicas. Segundo a diretora, a proposta era representar Madonna como uma figura mística, quase santa, que desafia convenções e está disposta a arder por sua arte. A ousadia funcionou: “Fever” chegou ao topo da parada Hot Dance Club Play Songs da Billboard, consolidando seu status como hino das pistas.
Lorde encara distúrbio alimentar e expõe intimidade em novo álbum
Quatro anos depois de trocar o caos pela luz em Solar Power, Lorde emerge de um lugar bem mais profundo — e escuro — em Virgin, seu novo álbum lançado nesta semana. O projeto marca um retorno visceral à introspecção, revelando feridas, desejos e reconexões que moldaram a cantora nos últimos anos.
Enquanto Solar Power celebrava a simplicidade solar de um recomeço, Virgin mergulha em experiências íntimas. Em “Broken Glass”, uma das faixas mais impactantes, Lorde confronta diretamente um transtorno alimentar que viveu. “Foi ótimo emagrecer, me renovar da cintura ao quadril / Eu odeio admitir o quanto paguei por isso”, canta com franqueza cortante.
Em entrevista ao apresentador Zane Lowe, da rádio neozelandesa, a artista abriu o jogo sobre o que inspirou o disco:
“Eu acordava todo dia pensando no que comi e no que ia comer. Aquilo drenava minha energia vital, roubava minha criatividade. Eu entendi que não podia mais viver assim”, contou, em tom de desabafo.
A faixa “Favorite Daughter” leva a vulnerabilidade a um novo patamar. Escrita a partir de questões com sua mãe, a canção se tornou um ponto de reconciliação entre as duas. “Foi um momento lindo. A música nos permitiu ter conversas que nunca tínhamos tido. Estamos mais próximas do que nunca”, revelou.
A sexualidade da cantora também ganha espaço inédito em Virgin. Nas imagens promocionais, Lorde surpreende ao incluir a foto de uma genitália — possivelmente sua — como símbolo de liberdade e enfrentamento de tabus. Na faixa “Clearblue”, ela fala abertamente sobre um teste de gravidez, tornando o disco seu trabalho mais ousado até hoje.
Além do conteúdo intenso, Virgin também inaugura uma nova era nos palcos. A cantora neozelandesa anunciou sua maior turnê mundial até agora, a UltraSound Tour, que já tem ingressos esgotados em grandes arenas como o Madison Square Garden (Nova York), o O2 Arena (Londres) e o Kia Forum (Califórnia).
Fãs de Lorde dizem que CD “Virgin” não funciona em seus aparelhos
Recentemente, o novo álbum de Lorde, Virgin, gerou uma frustração entre os fãs que tentaram reproduzi-lo em suas casas.
Segundo a Billboard, o lançamento em CD transparente da cantora, promovido por seu design reciclável e estética elegante, supostamente não está funcionando em muitos tocadores de CD, de acordo com fãs nas redes sociais.
Usuários do TikTok compartilharam vídeos tentando reproduzir o CD translúcido, apenas para encontrar erros ou silêncio. “Parece que eles não levaram isso em conta”, escreveu um fã. “Meu novo CD transparente da Lorde não funciona neste aparelho de som! Parece que modelos mais antigos com sensores mais antigos não conseguem reproduzi-lo. Muito decepcionante, eu sei que foi por uma questão de estética, mas pelo menos pressione-o em CDs normais.”
Vale destacar que o site de Lorde lista apenas uma versão em CD, a edição transparente e reciclável, que está atualmente esgotada. Diversas versões em vinil de Virgin também estão disponíveis, mas para colecionadores de CD, atualmente não há outra opção.
Vale lembrar que fãs no Reddit relataram o mesmo problema. “Tentei colocar o disco no tocador de CD do meu carro e ele não registrou nada. Testei outro CD e funcionou, então definitivamente é o disco.”, revelou o fã.
De acordo com um criador do TikTok, a hipótese é de que a ausência de uma camada de etiqueta impressa no CD transparente pode estar confundindo sensores ópticos mais antigos, que normalmente dependem de reflexos e padrões de luz para ler discos.
O disco chegou em 27 de junho e marcou o retorno de Lorde com uma nova direção sonora com novas influências.
No dia 30 de junho, Lorde compartilhou a arte do álbum e um detalhamento da criação do álbum no Instagram, contando sobre o processo por trás do disco de 11 faixas. Ela revelou que “David” foi a primeira música que começou e uma das últimas que terminou, enquanto “Clearblue” foi a última que começou. A música mais difícil de terminar foi “Favourite Daughter“.
Recentemente, ela divulgou trechos de faixas inéditas e sugeriu uma edição deluxe no futuro, o que poderia oferecer uma oportunidade de liberar um formato de CD tocável.
Lorde faz revelação sobre composição de música de ‘Virgin’
Recentemente, Lorde falou sobre seu novo álbum, Virgin, que está repleto das músicas cruas e vulneráveis ??que ela já compôs.
Segundo a Billboard, em uma publicação celebrando o projeto três dias após seu lançamento, a estrela pop revelou qual dessas faixas foi a mais difícil de criar.
Na última segunda-feira (30), compartilhando a capa do novo álbum no Instagram, Lorde pediu aos fãs que comentassem suas músicas favoritas na lista de faixas antes de compartilhar “alguns fatos sobre o L4″ em uma lista. A cantora escreveu que “David” foi a primeira música que ela começou, mas uma das últimas que ela terminou, enquanto a última música que ela começou foi “Clearblue“.
A faixa que mais a desafiou, no entanto, foi “Favourite Daughter“, de acordo com a publicação. “A música mais difícil foi FD: compor, produzir e cantar“, Lorde compartilhou em sua legenda.
Vale destacar que a música aborda o complicado relacionamento dela com sua mãe, a poetisa Sonja Yelich.
Também em sua publicação, a artista falou sobre samplear “Morning Love“, de Dexta Daps, em “Current Affairs”, depois de sonhar com isso por oito anos: “É tão sexy e sombrio para mim, e eu adorei o contraste com a guitarra realmente orgânica e frágil“, escreveu ela. “Escrevi a maior parte da letra de [“Favourite Daughter”], o primeiro verso de [“Current Affairs”], o segundo verso de “Clearblue” e “David” pouco antes do amanhecer”, revelou Lorde.
Vale lembrar que ela retirou uma música da tracklist “de última hora” — mas ela pode aparecer algum dia. “Achei que isso diluía a visão!”, escreveu sobre a faixa cortada. “Uma das minhas favoritas, que compus com Fabi.”
“Alguns lados B realmente bons circulando por aí, na verdade.”, afirmou, insinuando que pode vir uma versão deluxe do disco em algum momento.
Lançado em 27 de junho, Virgin marca o primeiro álbum completo de Lorde em quatro anos. Seus trabalhos anteriores são: Pure Heroine (2013), Melodrama (2017) e Solar Power (2021). Todos os três projetos alcançaram o top 10 da Billboard 200.