Diversão e Arte

Ed Sheeran lança “Play” e revela fase de superação após perdas

Novo álbum marca fase de superação pessoal e criativa de Ed Sheeran

Ed Sheeran lança “Play” e revela fase de superação após perdas -  (crédito: TMJBrazil)
Ed Sheeran lança “Play” e revela fase de superação após perdas - (crédito: TMJBrazil)

Ed Sheeran voltou aos holofotes na última sexta-feira (19) com o lançamento de “Play”, seu oitavo álbum de estúdio. O trabalho marca um momento de virada para o cantor britânico, que nos últimos anos enfrentou perdas pessoais, o susto com a saúde da esposa e disputas judiciais envolvendo acusações de plágio.

Logo na faixa de abertura, “Opening”, Sheeran mistura confissões sobre esse período turbulento com declarações de confiança em sua carreira, além de uma reflexão sobre o espaço ocupado por novas vozes masculinas no pop. Apesar da concorrência natural da indústria, ele afirma não enxergar os artistas emergentes como ameaça: “Meu espaço é meu espaço”, disse em entrevista ao Popcast, do The New York Times.

Um retorno à leveza

Após lançar trabalhos mais sombrios, inspirados em luto e dificuldades pessoais, Sheeran descreve “Play” como um disco luminoso, quase uma reação ao peso dos últimos anos. O projeto resgata a faceta mais romântica do cantor, com baladas como “Camera” e “In other words”, que lembram sucessos de sua trajetória, a exemplo de “Perfect” e “Thinking Out Loud”.

O álbum também mostra a vontade de expandir fronteiras sonoras. Pela primeira vez, Sheeran apresenta uma faixa com influências persas (“Azizam”) e outra composta em parceria com músicos indianos (“Sapphire”), depois de já ter explorado colaborações com artistas da Nigéria e de Gana.

Família, fama e reinvenção

Pai de duas meninas, Sheeran reconhece que o papel da família se tornou cada vez mais central em sua vida, o que tem influenciado suas escolhas profissionais. “Pop é coisa de gente jovem, e hoje eu realmente valorizo estar presente em casa”, disse.

Ele também comentou sobre os processos por suposto plágio, que o levaram até o tribunal em defesa de sua obra. Desde 2017, o cantor grava todo o processo de composição como forma de prevenção. “Não fiz nada de errado e não podia continuar pagando acordos que manchassem minha carreira”, afirmou.

Uma década de carreira e novos desafios

Com mais de 10 anos entre os grandes nomes da música, Sheeran admite que ainda lida com críticas e comparações constantes. Apesar disso, lembra o apoio que recebeu de veteranos como Elton John e John Mayer, que o incentivaram a abraçar novos talentos em vez de vê-los como rivais.

Ed Sheeran dá detalhes de seu álbum póstumo ‘Eject’

Recentemente, Ed Sheeran comentou em uma entrevista com Zane Lowe, da Apple Music, sobre seus planos de lançar um álbum póstumo intitulado Eject.

Segundo a People, sua esposa, Cherry Seaborn, o ajudará no processo. “Na verdade, está no meu testamento, e Cherry escolhe as faixas“, afirmou.

“Meu desejo é fazer um disco com todas as músicas dos meus 18 anos, então, quando eu falecer, escolher as 10 melhores”, explicou Sheeran. “E é como imaginar se Paul McCartney morresse e houvesse gravações antigas dos Beatles com 16 anos e, logo depois, as 10 melhores de toda a sua carreira.”

“Muitas pessoas não vão gostar disso, mas muitos dos meus fãs vão achar isso  superinteressante“, acrescentou.

De acordo com a publicação, o artista confirmou que o álbum só seria lançado após sua morte. “Você sabe como álbuns póstumos são lançados, mas eles são meio que sem planejamento”, continuou, observando que quer trabalhar nele com a esposa antes de sua morte. “E eu não quero ir atrás de alguém só para misturar as coisas e lançar. Quero que seja planejado.”

Vale lembrar que Ed Sheeran já havia falado sobre seus planos para um álbum póstumo. Em março de 2023, ele disse à Rolling Stone que o álbum faria parte de outro projeto de cinco álbuns intitulado “For Symbols”, semelhante à sua série “Math Signs”.

“Quero fazer este álbum aos poucos, entre aspas, ‘perfeito’ para o resto da minha vida, adicionando músicas aqui e ali”, disse Sheeran na época. “E deixar no meu testamento que, depois que eu morrer, ele seja lançado.”

Em março de 2025, durante uma aparição no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, ele compartilhou como o diretor Quentin Tarantino inspirou a visão.

“Quando eu tinha uns 18 anos, tive uma ideia para uns 10 álbuns. São Plus, Multiply, Divide, Subtract, Equals, and then Play, Pause, Fast Forward, Rewind and Stop”, ele começou.

“Eu queria fazer 10. Sou meio obcecado por Tarantino, e ouvi dizer que ele estava fazendo 10 filmes, e tem seus projetos paralelos como “Grindhouse” e coisas do tipo“, acrescentou.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Michele Miglionico (@_michele_miglionico_)

  • Google Discover Icon
LS
postado em 22/09/2025 07:53
x