
IZA está explorando novos caminhos musicais e mergulhando no universo do reggae com os singles “Caos e Sal” e “Tão Bonito”, sem perder de vista a cena pop atual. Em entrevista ao POPline, a cantora revelou sua admiração por artistas como Liniker, João Gomes e Jota.pê, destacando a influência deles em sua trajetória recente.
“Sou apaixonada pela Liniker, né? Ela é uma amiga querida e uma artista que admiro profundamente. Sempre esteve comigo em momentos importantes da minha carreira”, contou IZA, lembrando colaborações passadas com Liniker no Festival de Verão de Salvador e no programa Música Boa Ao Vivo.
A cantora comemorou ainda o destaque da amiga no cenário internacional: Liniker foi indicada a sete categorias do Latin Grammy, incluindo algumas das mais disputadas, como Álbum do Ano, Música do Ano e Gravação do Ano, graças ao álbum “Caju”, lançado em 2024. “Sete indicações! É algo inédito e emocionante. Estou realmente encantada com tudo que ela está conquistando”, disse IZA.
O vínculo artístico entre as duas vai além da admiração: IZA trabalha com Fejuca, produtor que colaborou com Liniker em “Caju”, em seu próximo álbum de reggae. A parceria já rendeu o single “Tão Bonito”, que combina elementos de reggae e afrobeat. “Essa música nasceu do trabalho com Nave e Fejuca. É a primeira vez que produzimos um álbum juntos, e ele está me ajudando a contar a história musical que quero neste projeto”, explicou a artista.
IZA inicia nova fase musical e mergulha no reggae
A cantora IZA, uma das vozes mais potentes e influentes da música brasileira contemporânea, acaba de dar um passo ousado e significativo em sua trajetória artística. Em setembro de 2025, ela lançou pela Warner Music dois novos singles — Caos e Sal e Tão Bonito— que marcam o início de um projeto musical centrado no reggae. Mais do que uma mudança estética, essa escolha revela uma busca por identidade, ancestralidade e expressão política, alinhando sua arte com mensagens de resistência, amor e liberdade.
O reggae, gênero musical nascido na Jamaica e mundialmente reconhecido por sua força cultural e social, sempre esteve presente como influência na carreira de IZA. No entanto, agora ele assume protagonismo em sua obra. Segundo a artista, o reggae é um estilo que ela “namora há muito tempo” e que representa uma sonoridade democrática, capaz de dialogar com o R&B, o rap, o dancehall e o samba.
Essa versatilidade sonora é justamente o que permite à IZA explorar novas camadas de sua musicalidade, sem perder a essência que a tornou uma referência no pop nacional.
Caos e Sal, uma das faixas lançadas, tem uma história especial. Composição original de Rafa Chagas, artista admirado por IZA, a música foi presenteada à cantora há anos. Ela conta que, ao começar a idealizar o álbum com base no reggae, essa foi a primeira canção que veio à sua mente. A faixa carrega uma atmosfera densa e reflexiva, abordando temas como transformação, dor e esperança — elementos que dialogam diretamente com a proposta do gênero e com o momento pessoal da artista.
Já Tão Bonito apresenta uma faceta mais leve e intimista. Fruto da colaboração com Nave e Fejuca, parceiros de longa data, a música mistura reggae com afrobeat e R&B, criando uma sonoridade envolvente e sofisticada. IZA destaca que essa faixa representa bem a narrativa que deseja construir em seu novo álbum: uma jornada de reconexão com suas raízes africanas e com a espiritualidade que permeia a cultura afro-diaspórica.
Durante uma recente coletiva de imprensa realizada em São Paulo, a cantora revelou que o projeto também é fruto de reflexões profundas vividas durante a maternidade. Ela mencionou sua conexão com Kemet — nome ancestral do Egito que significa “terra preta” — como uma inspiração simbólica para essa nova fase. O reggae, segundo ela, é um estilo que provoca, questiona e convida à consciência. Por isso, cantar esse gênero no palco é, para IZA, uma experiência de verdade e liberdade.
Além das influências jamaicanas, a artista também citou nomes brasileiros que a inspiraram, como O Rappa e Cidade Negra. Essas bandas, conhecidas por unir reggae com crítica social e poesia urbana, ajudaram a moldar o olhar de IZA sobre o papel da música como ferramenta de transformação. Ao se aproximar dessas referências, ela reafirma seu compromisso com uma arte que não apenas entretém, mas também educa e empodera.