
Em seu mais recente álbum, The Life of a Showgirl, Taylor Swift transforma o brilho de Hollywood em espelho — e sua nova canção “Elizabeth Taylor” é o reflexo mais íntimo dessa jornada. A faixa, segunda do disco, mergulha na vida e nas contradições da lendária atriz que inspirou o título: uma mulher adorada pelo talento, temida pelos excessos e eternizada pela intensidade de seus amores.
Swift, que há anos vive sob o mesmo tipo de escrutínio público que moldou (e destruiu) a imagem de Taylor Swift, parece ter encontrado na estrela de Cleópatra uma espécie de alter ego. Se em Reputation ela flertava com a comparação — “Burton da minha Taylor”, dizia em …Ready For It? —, agora a cantora assume de vez a herança simbólica da atriz: o brilho, o drama e a solidão por trás do rímel borrado.
“‘Elizabeth Taylor’ é sobre o que acontece quando o amor e a fama colidem”, contou Swift em uma mensagem exibida na estreia de The Official Release Party of a Showgirl, no último dia 3. “É uma das minhas favoritas”, confessou, antes que o público ouvisse os versos que misturam elegância e vulnerabilidade.
A canção é repleta de imagens que transportam o ouvinte para o universo da velha Hollywood:
“Aquela vista de Portofino estava na minha mente / Quando você me ligou no Plaza Athénée”
A menção ao cenário italiano onde Richard Burton pediu Elizabeth Taylor em casamento, o hotel parisiense que abrigou o casal e o choro com “olhos violetas” — marca registrada da atriz — formam um mosaico de glamour melancólico.
Outras passagens reforçam a crítica sutil à cultura que transforma mulheres em mitos e, depois, em alvos:
“Todos os meus diamantes brancos e amantes são para sempre / Nos jornais, na tela e em suas mentes”
A frase ecoa o perfume White Diamonds e, ao mesmo tempo, o fardo de ser eternamente observada.
Assim como Elizabeth Taylor, que foi casada oito vezes e teve sua vida pessoal dissecada pela imprensa, Swift reconhece no espelho da história o preço da celebridade feminina. A diferença é que, enquanto a atriz buscava refúgio entre diamantes e escândalos, a cantora parece encontrar sua redenção na música — um tipo diferente de eternidade.
Com “Elizabeth Taylor”, Swift reafirma sua habilidade rara de transformar vulnerabilidade em arte pop. É um tributo que vai além da homenagem: é um diálogo entre duas mulheres separadas por décadas, mas unidas pela mesma pergunta que encerra a canção — e talvez defina toda a sua trajetória:
“Você acha que é para sempre?”
50 Cent se declara “swiftie” após homenagem de Taylor Swift
Na última sexta-feira (03), o rapper 50 Cent recorreu às suas redes sociais para comentar a menção ao seu nome na faixa “Ruin The Friendship”, presente no décimo segundo álbum da cantora Taylor Swift, intitulado The Life of a Showgirl. A música rapidamente se destacou entre os fãs por sua letra divertida e referencial, na qual Swift canta: “E não foi um convite / Mas enquanto a música do 50 Cent tocava / Deveria ter te beijado mesmo assim”. A referência ao rapper chamou atenção por ser inesperada e carregada de humor, mostrando a capacidade da cantora de misturar pop contemporâneo com elementos da cultura do hip hop.
Demonstrando surpresa e entusiasmo com a menção, 50 Cent decidiu compartilhar a capa do álbum em suas redes sociais, acompanhando a postagem de um comentário bem-humorado. Ele não apenas reconheceu o destaque que recebeu, mas também brincou com a ideia de exclusividade da homenagem. Em suas palavras:
“@taylorswift está estourando agora. Ela me deu um shoutout, ela não dá para você. kkk.”
Pouco depois, o rapper voltou a interagir com seus seguidores, reforçando seu sentimento de privilégio ao ser o único mencionado em toda a obra. Ele enfatizou, com um toque de ironia e orgulho, sua posição no álbum, escrevendo:
“ISSO É SÓ PARA OS GRANDÕES! Eu sou o único shoutout em todo o álbum.”
Em seguida, 50 Cent revelou um lado mais pessoal e inesperado, assumindo que acompanha o trabalho da cantora com interesse e diversão. Ele se permitiu mostrar uma faceta de fã, ao mesmo tempo, em que reforçava sua exclusividade na homenagem. Ele publicou:
“Eu sou meio que um swiftie aqui… Eu gosto desse álbum, confiram! Espera, eu sou o único shoutout em todo o álbum.”
Enquanto isso, a faixa “Ruin The Friendship” vem mostrando desempenho expressivo nas plataformas digitais. Em apenas quatro dias, a música já ultrapassou 35 milhões de reproduções no Spotify, consolidando-se rapidamente entre os hits do momento. Atualmente, a canção ocupa a 11ª posição nas paradas globais da plataforma, que contabilizam as músicas mais ouvidas diariamente, tendo registrado impressionantes 7,4 milhões de reproduções em um único dia na última atualização.