
Crítica // O homem mais feliz do mundo ★★★★
A imagem forte de um pássaro que bica um coração humano embala o todo da ação e um tanto das abrangentes memórias trazidas pelo longa assinado pela diretora Teona Strugar Mitevska. Se as forças da natureza mudam radicalmente uma paisagem, como confirmado ao final da trama, poderiam as pessoas se redimirem e transformarem-se? Na trama, Sarajevo é mais do que cenário. Ela abriga o denso, inesperado e dinâmico reencontro entre Zoran (Adnan Omerovi) e Asja (Jelena Kordi Kuret).
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Desestruturados, dado o impacto mental e emocional de terem estado na guerra da Bósnia, Zoran e Asja vivem de lampejos de esperança e de dores, ao tempo em que estão num encontro lúdico montado para formatar possíveis casais de desconhecidos para futuros relacionamentos. Com ares de A noite dos desesperados (de Sydney Pollack) e um drama de Polanski, o filme de Mietvska recondiciona personagens (e espectadores) habilitados a reconstruir destinos aparentemente fatalistas e injustificáveis situações de amor e ódio criadas pela guerra.
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