
Taylor Swift voltou a virar o jogo. Lançado em 3 de outubro, “The Life of a Showgirl” marca o 12º álbum de estúdio da cantora e mergulha nas contradições entre o brilho dos palcos e o peso da vida real — um retrato cru de quem vive sob holofotes há mais de uma década.
O projeto, revelado pela primeira vez no podcast New Heights — comandado por seu noivo Travis Kelce e o irmão dele, Jason Kelce — nasceu nos bastidores da turnê Eras. Swift descreveu o disco como “tudo o que estava acontecendo fora do palco”, com melodias “irritantemente grudentas” e letras “cirurgicamente intencionais”.
O amor que salvou do “destino de Ofélia”
A faixa de abertura, “The Fate of Ophelia”, dá o tom: um amor que resgata a artista do colapso emocional. Inspirada na trágica personagem shakespeariana, a canção transforma Kelce em herói moderno. “Você salvou meu coração do destino de Ofélia”, canta Swift — um verso que fãs já classificam como uma das declarações mais diretas à relação dos dois.
Hollywood, poder e redenção
Na sequência, “Elizabeth Taylor” presta tributo à atriz lendária e às suas paixões intensas. É um diálogo imaginário entre duas mulheres que viveram amores públicos e julgamentos privados.
Já “Father Figure” inverte papéis e questiona estruturas de poder na indústria musical. “Eu era sua figura paterna / Você puxou o gatilho errado / Este império me pertence”, dispara Swift, em versos que muitos interpretam como um acerto de contas com o ex-mentor Scott Borchetta, pivô da polêmica venda de seus masters em 2019.
Entre o passado e a cura
A delicada “Eldest Daughter” e a nostálgica “Ruin the Friendship” revelam um lado mais vulnerável. A primeira fala sobre aprender a confiar — e parece dialogar com o relacionamento atual da artista. Já a segunda revive uma paixão da juventude perdida para sempre, inspirada em Jeffrey Lang, amigo de infância de Swift que morreu em 2010. “Meu conselho é sempre arruinar a amizade / Melhor isso do que se arrepender para sempre”, canta ela, num dos versos mais melancólicos do álbum.
Indiretas e ironias afiadas
Nem tudo é confissão romântica. “Actually Romantic” virou uma das faixas mais comentadas por supostamente cutucar Charli XCX, após rumores de desavença entre as duas. Swift ironiza um colega compositor que a chamou de “Barbie chata” e “ficou feliz que meu ex me ignorou”. É o tipo de sarcasmo calculado que fez dela uma das letristas mais afiadas de sua geração.
O amor em tom pop
A reta final do álbum abraça o romance em ritmo de celebração. “Wi$h Li$t” e “Wood” são declarações diretas a Kelce — a primeira, sobre trocar o luxo por simplicidade; a segunda, um hino sensual travestido de balada terna. “Novas alturas de masculinidade / Não preciso bater na madeira”, canta ela, numa piscadela ao podcast do jogador.
Em “Honey”, Swift redefine palavras antes usadas contra si. “Você pode me chamar de querida se quiser, porque eu sou a pessoa que você quer”, diz, transformando vulnerabilidade em poder.
O adeus e o legado
Fechando o ciclo, a faixa-título “The Life of a Showgirl”, com participação de Sabrina Carpenter, é quase um manifesto. As duas interpretam Kitty, uma dançarina veterana que alerta sobre o custo de viver sob refletores. “É uma ode às mulheres que enfrentam as armadilhas do show business”, explicou Swift.
Taylor Swift revela os bastidores da nova série documental ‘The Eras Tour’ na Disney+
Taylor Swift está prestes a presentear seus fãs com uma nova experiência audiovisual: uma série documental que mergulha nos bastidores da aclamada The Eras Tour, com um bloco completo do disco The Tortured Poets Department que será lançada com exclusividade no Disney+, oferecendo uma visão íntima e detalhada da turnê que se tornou um marco na trajetória da cantora.
O projeto promete revelar não apenas os momentos épicos dos palcos, mas também os desafios, emoções e decisões criativas que moldaram cada apresentação e será dividido em seis episódios sendo apresentado dois lançamentos por semana. A estreia será no dia 12 de dezembro. Uma prévia foi divulgada com imagens de Sabrina Carpenter, Ed Sheeran, Florence Welch, todos interagindo com Taylor Swift.
A The Eras Tour foi concebida como uma celebração das diferentes fases da carreira de Taylor Swift, reunindo músicas de todos os seus álbuns em um espetáculo grandioso. A série documental vai além do que foi visto nos palcos, explorando os bastidores com entrevistas, cenas de ensaios, reuniões de produção e interações com a equipe que tornou o projeto possível. Para os fãs que acompanharam a turnê presencialmente ou por meio de transmissões, essa será uma oportunidade única de entender o que aconteceu por trás das cortinas.