
Lily Allen lançou na última sexta-feira (24) seu mais novo álbum, “West End Girl”, um mergulho intenso nas emoções que marcaram o fim de seu casamento com o ator David Harbour. Combinando autobiografia e ficção, a cantora de 40 anos explora temas como infidelidade, decepção e autoafirmação em um registro que ela mesma define como autoficcional.
Em entrevista à Perfect Magazine na terça-feira (21), Lily Allen explicou que nem todas as faixas refletem acontecimentos literais: “Tentei documentar minha vida em uma nova cidade e os eventos que me levaram aonde estou agora. Algumas músicas são baseadas em experiências compartilhadas, mas também tentei investigar por que nos comportamos como nos comportamos. É uma mistura de fato e ficção”, afirmou.
O álbum abre com a faixa-título, “West End Girl”, que retrata um homem duvidando do talento de Allen diante de uma proposta de atuar em teatro. Em seguida, músicas como “Pussy Palace” e “Madeline” revelam confrontos com parceiros infiéis, mostrando de forma crua e direta a frustração e a dor vividas por Allen. Em “Pussy Palace”, por exemplo, ela descreve a descoberta de um apartamento usado para encontros extraconjugais, questionando os limites e traições do parceiro.
Outras faixas, como “Dallas Major”, refletem a experiência de um casamento aberto que não foi escolhido por ela, enquanto “Sleepwalking” e “Tennis” mostram a luta emocional diante de mentiras e segredos revelados. Em “Just Enough”, Allen vai ainda mais fundo, questionando se o parceiro teria engravidado outra pessoa. O álbum se encerra com “Fruityloop”, uma espécie de despedida e conclusão de todo o ciclo emocional do relacionamento.
A artista também falou à Vogue britânica sobre como o casamento influenciou a criação do álbum: “Há coisas que vivenciei durante meu casamento que foram registradas, mas isso não significa que sejam verdade absoluta. É inspirado no que aconteceu no relacionamento”, explicou. Allen revelou ainda ter buscado apoio em uma clínica de reabilitação após a separação.
Lily Allen nega que “West End Girl” seja um disco de vingança
Na última terça-feira (28), a cantora Lily Allen concedeu uma entrevista à Interview Magazine. A artista, que lançou seu mais recente álbum West End Girl na última sexta-feira (24), falou não apenas sobre o processo de divulgação do disco, mas também sobre as inspirações e emoções que o motivaram.
Impulsionada pelo término de seu casamento com o ator David Harbour, conhecido por seus papéis na série Stranger Things e nos filmes Viúva Negra e Thunderbolts, da Marvel, Lily transformou o fim da relação em matéria-prima para seu novo trabalho. Ao ser questionada se o álbum seria uma forma de vingança, já que rumores indicavam possíveis traições por parte do ator, a cantora esclareceu que não enxerga o projeto dessa maneira.
Ela contou que escreveu o disco em dezembro do ano passado, em apenas dez dias, usando a criação como um meio de colocar para fora os sentimentos que surgiram com o fim do casamento:
“Não mesmo. Quero dizer, escrevi esse disco em dez dias, em dezembro, e hoje me sinto muito diferente em relação a toda a situação. Todos nós passamos por términos, e eles são sempre brutais pra caramba. Mas não é muito comum sentir vontade de escrever sobre isso enquanto ainda está acontecendo.”
Ao refletir sobre o processo de composição, Lily comparou o álbum a um diário emocional, no qual registrou suas vivências e desabafos como parte de um caminho de autocompreensão e cura:
“É isso que torna esse disco divertido; ele é visceral, é como passar pelas emoções em tempo real. Na época, eu realmente estava tentando processar tudo — e isso é ótimo para o álbum —, mas agora não me sinto mais confusa nem com raiva. Não preciso de vingança.”
