
A mexicana Dulce María está pronta para compartilhar uma nova fase de sua carreira. A cantora anunciou o lançamento de “G.R.A.C.I.A.S”, seu mais recente single.
A nova música marca um momento de reflexão e superação pessoal na trajetória da artista. Com uma sonoridade envolvente e letras carregadas de emoção, “G.R.A.C.I.A.S” fala sobre agradecer até mesmo pelas experiências dolorosas — aquelas que, embora difíceis, se tornam motores de crescimento e autodescoberta.
“Queria criar algo que falasse sobre gratidão, mas não da forma comum. Pensei em agradecer por tudo que não saiu como eu esperava — pelas pessoas e situações que me feriram, mas que, no fim, me deixaram mais forte”, revelou Dulce María, ao comentar o conceito do novo trabalho.
A composição foi escrita em parceria com Erika Ender, autora conhecida por transformar sentimentos complexos em letras poéticas e cheias de metáforas. A colaboração, segundo Dulce, foi essencial para dar vida ao projeto: “Eu levei a ideia, e ela fez sua mágica. Deixou a letra mais profunda, mas sem perder a essência do que eu queria dizer.”
A produção musical ficou nas mãos de Navales, responsável por modernizar o arranjo e dar à faixa um toque atual sem perder o caráter emocional. O resultado é uma canção que transita entre vulnerabilidade e empoderamento, refletindo a dualidade que Dulce sempre carregou em suas obras.
Na letra, a ex-integrante do RBD revisita dores do passado com maturidade e coragem. Versos como “Tu amor no fue mi muerte, fue mi resurrección” e “Me creías carbón, pero el dolor me hizo diamante” evidenciam o tom de renascimento que conduz a narrativa. A cantora transforma mágoas em aprendizado, agradecendo por perdas que, paradoxalmente, a libertaram.
Dulce María fala sobre RBD e valoriza a paz: “Cada coisa a seu tempo”
Dulce María não parece disposta a alimentar intrigas. Em recente entrevista ao programa mexicano Venga la Alegría, a cantora e ex-integrante do RBD demonstrou serenidade ao comentar o clima entre os antigos colegas de banda e a possibilidade de um reencontro artístico.
Promovendo sua nova música, Jaula de Oro, Dulce fez questão de reforçar que, apesar das feridas do passado, escolhe seguir em paz.
“Eu acredito que a vida é muito curtinha e temos que agradecer, valorizar e estar em paz com nós mesmos e com os outros. Acredito que existem momentos e, quando chegue o momento, o melhor acontecerá… ou não (risos)”, afirmou a artista, com a leveza de quem prefere a esperança à polêmica.
A resposta surge após meses de especulação sobre uma possível reconciliação entre os membros do grupo, que encerraram a aclamada Soy Rebelde Tour em clima de tensão. A principal rachadura veio com o processo judicial movido contra o ex-sócio Guillermo Rosas, acusado de desvio financeiro milionário.
Rosas era amigo próximo de Anahí, e a forma como cada integrante lidou com a acusação acabou criando uma cisão interna.
Música, arte e expressão
Além do novo trabalho musical, Dulce María também está pronta para mostrar ao mundo uma faceta até então reservada ao íntimo: suas criações nas artes visuais. Por anos, ela desenhou e pintou como forma de terapia pessoal, e agora decidiu dividir esse lado com seus fãs.
“Comecei a desenhar como um modo de extravasar emoções. Era algo muito pessoal, mas agora sinto que é hora de dar um novo significado a essas obras”, explicou à Quem. Uma das ilustrações feitas por ela, inclusive, foi escolhida como capa do novo single — um coração partido que remete a Marília Mendonça e que, segundo a artista, “parecia ter sido pintado para este momento”.
Maternidade e recomeços
Após o sucesso da turnê de reencontro do RBD, em 2023, Dulce optou por uma pausa. Com uma filha pequena e uma rotina exaustiva de shows, ela buscou reconectar-se com o que considera essencial. Casada com o diretor Paco Álvarez e mãe de Maria Paula, de quatro anos, Dulce tenta equilibrar vida pessoal e carreira.
“Ser mãe e artista é um desafio constante. Quero ser um bom exemplo para minha filha, ensinar valores, dar força e liberdade para ela ser quem é”, disse à publicação.
A cantora também refletiu sobre a chegada dos 40 anos e o que essa nova década representa. “É uma idade simbólica. Aprendi a priorizar minha saúde, minha família e meus ideais. Hoje, entendo que decepcionar os outros é menos grave do que trair a si mesma.”
