
Anaconda, de Tom Gormican, presenteia os brasileiros com Selton Mello em seu primeiro filme de Hollywood. Ao lado de gigantes como Paul Rudd, Jack Black e Steve Zahn, Selton interpreta Santiago Braga, um cuidador de cobras que ajudará o grupo em seu grande projeto. O brasileiro, que no ano passado brilhou como Rubens Paiva em Ainda estou aqui, finaliza o ano em um filme cômico de ação.
A trama se inspira na franquia de terror iniciada em 1997, onde um grupo de amigos na Amazônia acaba sendo perseguido por uma cobra gigante. Dessa vez, velhos amigos decidem embarcar em uma viagem com uma grande ideia: juntando um diretor e um ator frustrados, os dois decidem recriar o filme favorito da juventude: Anaconda. Assim como na história original, o grupo percebe que o que era pra ser a gravação de um filme se torna uma grande fuga de um animal gigantesco, assustador e muito inteligente.
Tom Gormican decidiu pegar um clássico e criar um ar cômico e metalinguístico para a franquia de terror. Para ele, a ideia não era fazer um remake do filme original, projeto adorado por ele e pelo parceiro de roteirização, Kevin Etten. "A gente só queria fazer um filme inspirado nele. A ideia de um grupo de caras indo viver seu sonho. Um grupo de velhos amigos fazendo um filme e acabando dentro da trama do Anaconda original, sendo perseguidos por uma cobra de verdade. Era algo que, para nós, já era naturalmente engraçado. Então esse pareceu o caminho certo", afirmou o diretor.
Apesar de uma trama assustadora de perseguição por uma cobra, os dias de set foram leves e divertidos. A história do filme se passa na Amazônia, mas as gravações foram feitas na Austrália. "Os dias no set foram incríveis para mim, principalmente por causa dos atores. Quando juntou pessoas como Selton, Jack Black, Paul Rudd. Parecia um acampamento de verão", brincou. Tom relembra que o elenco passava muito tempo tocando música e em momentos de descontração. "Era muito difícil fazer com que eles parassem para atuar de verdade. Mas foi muito divertido", comentou.
Em entrevista para o Correio, Selton Mello comentou sobre a experiência de participar de um filme hollywoodiano e as diferenças de estreia em comparação com Ainda estou aqui.
Duas perguntas //Selton Mello
Você tem uma carreira incrível no Brasil. Como foi a experiência de fazer um filme de Hollywood?
Foi ótimo. Um clima maravilhoso. Pessoas incríveis envolvidas nesse projeto. Mas foi o primeiro em Hollywood, o que faz bastante diferença. É um personagem incrível. O Tom inventou essa coisa muito original junto com o parceiro de roteiro dele, Kevin Etten. Quando li o roteiro, pensei: "Nossa, isso é algo muito diferente". É maluco, é engraçado, tem suspense, tem aventura, ação… é uma mistura ótima. Mas você precisa de um grande diretor para juntar todos esses elementos — e foi exatamente isso que o Tom fez. Eu simplesmente amei. Amei o personagem. O elenco amou o personagem. O Tom amou o personagem. Agora estou esperando que o público também ame esse personagem. Espero que sim.
Quais são suas expectativas para o lançamento do filme no Brasil?
A forma de lançamento de um filme de Hollywood é novidade para mim. Eu nunca fiz um filme onde eu falava assim: o filme estreia no dia tal no mundo todo. Isso é uma coisa nova para mim. Eu sempre falei que o filme estava estreando, por exemplo, Ainda estou aqui, viajou muito pelo mundo afora. E mesmo Ainda estou aqui era um filme de arte, um filme do Oscar, um filme que teve salas importantes da França, salas importantes dos Estados Unidos. Mas isso de ter a mesma data de lançamento no mesmo dia, no mundo todo, é muito gigante. Então isso é uma experiência nova e muito legal de viver.
