Com 15 anos de carreira, o ator Lucas Righi vive um momento de celebração e novas conquistas. Aos 25 anos, ele integra o elenco da novela das 21h Três Graças, da TV Globo, interpretando Alemão, um dos "bandivos" — apelido que adora — ao lado de Vandilson, vivido por Vinicius Teixeira, sob o comando do Bagdá, personagem de Xamã. "Alemão é um garoto jovem, amigo, e de muita consciência, ele sabe a posição que ocupa, sabe as consequências de uma atitude errada", descreve o ator.
Sobre a dinâmica da dupla, Lucas explica: "Enquanto Alemão age mais na razão, o Vandilson age mais na emoção. Alemão é a consciência que falta em seu parceiro, eles na minha cabeça possuem uma relação de irmão mais velho com o mais novo". E o paulista elogia a parceria: "Poder construir os 'bandivos' com o Vini está sendo um presente. Vini além de ser um ator generoso, atento, esforçado e muito talentoso, já virou um grande amigo".
Este retorno à tevê aberta, após passagens por séries em canal fechado e streaming e uma participação em A dona do pedaço, em 2019, é carregado de significado. "Está sendo a realização de um sonho, tanto meu como da minha família que sempre me apoiou desde o início", afirma Lucas. "Está sendo a grande celebração de 15 anos de carreira, de muita luta. Três Graças chegou no momento perfeito". Ele recém havia terminado a faculdade de artes cênicas quando foi aprovado no teste, mudando-se para o Rio de Janeiro para embarcar no projeto. "Minha vida mudou em poucos dias. Está sendo um ano de muito aprendizado, estou muito grato e feliz".
De Peter Pan a Mel Maio
A jornada de Lucas começou cedo, aos 10 anos, no teatro musical, com Peter Pan. Essa experiência moldou sua base. "O teatro musical me ensinou a disciplina, a estudar, a me soltar, a entender um pouco mais sobre o meu corpo, e o Peter Pan me ensinou a carregar a minha criança interna", reflete. Aos 19 anos, teve uma experiência marcante ao ser dirigido por Fernando Meirelles em Pico da Neblina, da HBO. "Uma das minhas metas de vida era ser dirigido por ele. Eu tinha um caderninho de quando era mais novo que anotava os diretores com os quais gostaria de trabalhar", revela.
Recentemente, Lucas viu seu trabalho no longa Escola de Quebrada (Paramount) ser indicado ao International Emmy 2024. "Com uma grande surpresa, nem nos meus melhores sonhos achei que isso fosse acontecer de uma maneira tão rápida", comenta. No filme feito para o streaming, interpretou Deivid, um adolescente gamer. "Foi voltar a ser criança, a não ter preocupações, a simplesmente viver, jogar e se divertir". Sobre a indicação, o jovem ator pondera: "É tão bom quando você faz um trabalho com tanto amor e carinho, e ele tem esse reconhecimento. Mas é muito doido pensar que, mesmo com esse reconhecimento vindo de fora, o filme não teve esse reconhecimento vindo de dentro. Hoje, o filme não está em nenhuma plataforma".
Nas redes sociais, Lucas ganhou notoriedade por uma comparação divertida: a semelhança com a atriz Mel Maia, que o levou a adotar o apelido "Mel Maio". "Eu me divirto muito com essa comparação", diz. "Quando a encontrei em uma festa, ela já veio me chamando de irmão. Mel é uma querida, e seríamos perfeitos como irmãos em algum projeto juntos". Sobre o uso das redes, ele analisa: "Hoje em dia, elas fazem total diferença na carreira de um ator. É uma estratégia para impulsionar tanto a novela como também o meu trabalho. Eu me forço a postar, a tentar criar algum conteúdo, mas também gosto de manter a minha privacidade".
Formação e futuro
A formação acadêmica em artes cênicas, concluída recentemente, trouxe uma nova camada para sua prática. "A faculdade me ensinou o que é uma das coisas mais necessárias no meio artístico: a trabalhar em equipe", destaca. "Fazer teatro é praticar a boa relação, e é isso que eu trago para o set". Mesmo com a rotina intensa da televisão, o coração ainda bate forte pelo palco. "Tenho muita vontade de voltar aos palcos. Antes da novela, estava ensaiando e criando histórias com um grupo de amigos da faculdade. Espero futuramente voltar".
Olhando para o futuro, Lucas Righi tem sonhos claros. "Um deles é poder me ver em uma tela de cinema", compartilha. "Tenho muita vontade de pegar um personagem cheio de dilemas, com conflitos internos e externos". Ele também menciona o desejo de participar de uma adaptação do livro A palavra que resta, de Stenio Gardel. "Foi um dos livros mais lindos que já li na minha vida". E, é claro, não esconde a ambição: "Protagonizar uma novela. Novela é diferente de tudo que já fiz, é uma mistura de teatro e cinema, é uma adrenalina muito gostosa".
Para os jovens que, como ele, começam cedo na profissão, deixa um conselho fruto de sua própria trajetória. "Muita perseverança e certeza naquilo que você quer. Ser ator não é fácil e ser ator mirim é mais difícil ainda", reflete. "Se eu não tivesse minha família e meus amigos comigo, não teria chegado tão longe. Então, uma dica que deixo é: faça amigos, fortaleça sua base, estude, tenha foco. Não se compare a ninguém, cada trajetória tem o seu tempo. Se você acredita em você, já é meio caminho andado", finaliza.
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