Música

Festival celebra a cultura de matriz africana no Teatro dos Bancários

Rito de lavagem, roda de conversa e shows fazem parte da programação do Divino Festival no Teatro dos Bancários neste fim de semana

Giovanna Kunz*
postado em 07/07/2023 10:01 / atualizado em 07/07/2023 10:15
 (crédito: Divulgação/Camila Macedo)
(crédito: Divulgação/Camila Macedo)

O Teatro dos Bancários é de extrema importância para as manifestações culturais de Brasília. Neste fim de semana, o Divino Festival ocupa o espaço com programações que celebram os legados que a África deixou no país. O tema da comemoração é a Cultura de Matriz Africana e enaltece não apenas a preservação das contribuições culturais, mas também a economia criativa afro-periférica da capital. 

A festividade inicia com um rito de lavagem, com ervas e água de cheiro. A programação de sábado (8/7) segue com uma roda de conversa sobre a força dos saberes tradicionais no combate ao racismo com o Coletivo Yás, grupo de Mães de Santo do Candomblé e da Umbanda. "Hoje em dia, não trazer pauta racial e cultura afro-brasileira seria um erro, pois a música brasileira só existe porque existiu o processo histórico da escravidão no país", ressalta a cantora Maíra Freitas.

A musicalidade do primeiro dia fica por conta da banda brasiliense Saci Wèré e do baiano Mateus Aleluia, importante nome na promoção da cultura afro-brasileira. As músicas do artista enaltecem a conexão entre a história do Brasil e da África, com experiências próprias.

No domingo (9/7), quem abre as apresentações musicais é o cantor Alberto Salgado, que experimenta diferentes possibilidades na música e mescla ritmos brasileiros e africanos. No segundo show, o festival celebra as mulheres negras com Maíra Freitas e Jazz das Minas. O projeto é composto por mulheres em todas as etapas de criação e surgiu em 2019, quando Maíra foi convidada a participar do festival Jazzing, em Angola. "Acho que a nossa música tem tudo a ver com Brasília porque a nossa música é plural, é samba, é jazz, é instrumental, é preta e brasileira", destaca Maíra.

A Feira Coisa de Preto está presente nos dois dias de festival. As exposições trazem artefatos e serviços ligados à moda, beleza, design, decoração e gastronomia. Além disso, o evento oferece aulas abertas de atabaque e a exposição do fotógrafo Luiz Alves, que registra movimentos sociais e rituais de Candomblé.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

Serviço

Divino Festival

Sábado (8/7) e domingo (9/7), a partir das 14h, no Teatro dos Bancários (EQS 314/315 Bloco A). Ingressos gratuitos pelo Sympla.

 


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