O Capital Moto Week chega aos dois últimos dias neste fim de semana. Nesta sexta-feira (28/7), o Jota Quest encerra a noite, enquanto amanhã, Pitty finaliza as atividades do festival. Os dois shows têm muito mais em comum do que apenas a presença no encerramento do evento: ambos comemoram aniversários especiais.
O Jota Quest sobe ao palco com a turnê Jota 25. A ideia é passear pela trajetória da banda durante os 27 anos que estiveram na estrada. A pandemia impediu que a tour fosse na época certa, visto que o primeiro e autointitulado álbum fez 25 anos em 2021, mas a energia é de celebração. "O show especial de 25 anos do lançamento do primeiro disco tem todos os hits da carreira e um cenário e iluminação únicos. Impossível todo mundo não cantar junto", afirma PJ, o baixista.
Pitty, por outro lado, comemora 20 anos do primeiro disco este ano. O Admirável chip novo foi um fenômeno no início dos anos 2000 e colocou a cantora baiana no mapa do rock, coisa que, para ela, era inimaginável. "Eu sonhava em viver de música, um sonho dito impossível para uma menina roqueira nascida e crescida na Bahia nos anos 1990. Viver de arte no Brasil já é difícil, viver de rock no Brasil, principalmente sendo de fora do eixo, parece muito pior. Brinco que vim do underground do underground", lembra a cantora. "Eu queria viver, pagar minhas contas e me comunicar por meio da música, que as pessoas ouvissem o meu som. Porém, eu nunca imaginei que chegaria a isso, em 20 anos", complementa a cantora, que nunca fraquejou. "De alguma forma, eu sonhei a vida que estou vivendo, só não em tantos detalhes (risos)", conclui.
Os tempos atuais são de retorno ao que fez sucesso no início do milênio, mas para Pitty a ideia vai muito além de apenas nostalgia. "São 20 anos muito atuais, são 20 anos do disco, mas as músicas soam extremamente atuais no show. Não tem nada de saudosista", acredita.
Relação com Brasília
O rock é a ligação primária tanto de Pitty quanto de Jota Quest com Brasília. No entanto, PJ ultrapassa. O músico viveu infância, adolescência e início da vida adulta na cidade. Ele acompanhou o movimento do rock no Brasília Radio Center e fez parte das primeiras bandas da vida na capital. "O Jota sempre teve uma ligação especial com Brasília. Não só porque passei a infância, adolescência e vida adulta aqui, mas porque a cidade tem muito a ver com o rock do país", destaca.
As lembranças quanto ao Capital Moto Week também são muitas. "Essa já deve ser a terceira vez que tocamos no Capital Moto Week, o que eu mais me lembro é que sempre tem muita, mas muita gente assistindo o nosso show nesse evento", recorda. "Eu acho maior o barato que o festival dá espaço para o rock e todas as vertentes desse gênero", finaliza.
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