O dólar opera em baixa, com investidores reagindo bem ao compromisso com o teto de gastos firmado pelo presidente Jair Bolsonaro e o Congresso no início da noite de ontem. A percepção é de que o "pacto" pode dar sobrevida ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no cargo e apoiar o controle de despesas visando o cumprimento da meta fiscal, disse um operador de câmbio. Contribui também a queda predominante da moeda americana no exterior.
Há pouco, os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA vieram melhores que o esperado, apoiando uma recuperação dos futuros de NY e leve desaceleração do índice DXY do dólar e também da divisa dos EUA em relação a moedas emergentes pares do real. O total de pedidos caiu e somou 963 mil, ficando abaixo da previsão dos analistas (1,1 milhão).
Também a pesquisa de serviços no Brasil surpreendeu, com avanço de 5,0% em junho, na margem, acima da mediana estimada de 4,35%. Com o setor de serviços melhor, diminui a necessidade de corte de juro e podem ate bater na inflação mais à frente.
No entanto, segundo operadores, persiste um pano de fundo de cautela no exterior diante da falta de acordo para um pacote fiscal nos Estados Unidos.
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No radar no câmbio fica ainda o fluxo cambial, após a captação via oferta de ações da Stone, que somou US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,07 bilhões). Além disso, a Caixa prepara o IPO da Caixa Seguridade, que poderá movimentar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões, segundo fontes. Se esses valores se confirmarem, esse IPO deve ultrapassar o valor do IPO da BB Seguridade, de R$ 11,4 bilhões em 2013 e poderá, ainda, ser o maior da história da bolsa brasileira se passar à frente da oferta do Santander Brasil, de R$ 14 bilhões, em 2009.
Às 9h38, o dólar à vista caía 0,99%, a R$ 5,3973. O dólar futuro para setembro recuava 0,72%, a R$ 5,4005.
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