O índice Ibovespa voltou a apresentar forte queda nesta quinta-feira (12/11). No fim do pregão, o recuo registrado foi de 2,28%, voltando aos 102.421 pontos. Já no câmbio, o dólar comercial fechou o pregão na máxima do dia vendido a R$ 5,47, com alta de 1,14%. O movimento de euforia que se via desde a semana passada, com a expectativa e confirmação da eleição de Joe Biden (Democratas) nos Estados Unidos e o anúncio da eficácia da vacina da americana Pfizer, parece ter acabado.
Isso porque o resultado negativo não foi visto só no Brasil. Com o avanço da segunda onda de covid-19 iniciada na Europa semanas atrás e novos picos da doença nos EUA, o dia foi de realização nos principais mercados. Mas isso faz parte de um processo natural após a alta repentina, como explica Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Depois de disparar dos 93 mil pontos para 106 mil pontos, nada mais natural do que o Ibovespa sofrer uma correção, ainda mais que estamos diante da principal referência de resistência de curto prazo", afirmou.
Segundo a B3, o saldo de investimentos de estrangeiros em novembro já ultrapassou R$ 7,8 bilhões. Apesar de ser um movimento considerado pontual, há, no radar, uma possibilidade de a bolsa voltar a operar em torno dos 106 mil pontos. "Em vista do grande volume na compra registrado nos últimos dias com a retomada do investidor estrangeiro, existe uma grande probabilidade desta faixa de 106 mil pontos, em que está marcada a máxima de julho, ser rompida e o mercado finalmente engatilhar uma tendência de alta no curto prazo com alvo na região de 110 mil pontos", disse Ribeiro.
Internacional
No cenário internacional, a quinta-feira teve falas importantes do presidente do Banco Central americano (Federal Reserve - Fed), Jerome Powell sobre os riscos do avanço da nova onda de covid-19. Ele também defendeu mais apoio nos EUA, ao afirmar que o congresso americano poderia fazer mais na política fiscal. E Recuou ao ser questionado sobre o resultado da eleição presidencial e falou, ainda, sobre a possibilidade de o Fed utilizar uma moeda digital – afirmando que ainda há trabalho a ser feito.
Nos EUA, houve, ainda, a divulgação dos números de pedidos de seguro-desemprego. As solicitações continuam acima dos 700 mil por semana, mas caíram ao menor nível desde março, antes do boom da crise econômica que se arrasta até hoje.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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