PAGAMENTOS

BC: Pix quer ampliar competição, eficiência e inclusão financeira

O sistema de pagamentos instantâneos do Brasil entra em operação nesta segunda-feira (16/11) e já pode ser acessado por meio dos aplicativos bancários

Marina Barbosa
postado em 16/11/2020 11:18 / atualizado em 16/11/2020 11:18
 (crédito: Editoria de arte)
(crédito: Editoria de arte)

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, entra em operação plena nesta segunda-feira (16/11) com o intuito de acelerar e facilitar os pagamentos no país, mas também para aumentar a competição, a eficiência e a inclusão no sistema financeiro nacional. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

"O Pix nasce como um sistema que é rápido, barato, seguro, transparente e aberto", disse Campos Neto, que deu a largada oficial do sistema de pagamentos na manhã desta segunda-feira, fazendo um Pix para a Associação de Amigos do Museu de Valores do Banco Central, em uma cerimônia transmitida pelo YouTube do BC.

Campos Neto contou que o Pix vem para atender as demandas do consumidor brasileiro, que desejava um meio de pagamento com essas características, sobretudo depois que a digitalização dos meios de pagamento ganhou força no Brasil — processo que, lembrou o presidente do BC, foi acelerado na pandemia de covid-19. Ele destacou, contudo, que essas características também fazem do Pix um grande vetor de competição, eficiência e inclusão financeira.

"Dá para comprar desde um carro até um chocolate"

O presidente do BC explicou que, por ser rápido, barato, seguro e transparente, o Pix tende a atrair mais pessoas para o mundo dos pagamentos digitais. "O Pix dá amplo acesso a todos. Isso significa milhões de pessoas digitalizadas e milhares de negócios", comentou, acrescentando que não há limite de valores para usar o Pix. "Dá para comprar desde um carro até um chocolate".

Ele acredita, ainda, que essa inclusão financeira tende a gerar mais competição no sistema financeiro nacional, com a oferta de novos produtos, mais eficientes e seguros. E essa ideia só ganha força diante a última característica do Pix: é um sistema aberto que, por isso, pode ser usado por todas as instituições financeiras que forem homologadas pelo BC.

"Quando a gente diminui a barreira de entrada, incentiva novos jogadores", afirmou. O presidente do BC lembrou que mais de 750 instituições financeiras já estão aptas a operar o Pix. Por isso, disse que quase todas as contas correntes do país já estão no sistema de pagamentos instantâneos, que, a partir desta segunda-feira, pode ser usado por qualquer brasileiro para fazer pagamentos e transferências instantâneas por meio do aplicativo bancário. "Isso vai gerar competição e vai baratear o custo", projetou.

Digitalização do sistema financeiro

Para Campos Neto, o Pix representa, então, apenas o início do processo de digitalização do sistema financeiro. "A inovação não para no Pix. (...) O Pix é mais que um pagamento, vai ser um processo de identidade digital. Vai melhorar a prestação de serviços públicos, porque está digitalizando as pessoas. E a gente vai ter um sistema financeiro mais inclusivo e eficiente", declarou.

O presidente do BC ainda acredita que esse novo meio de pagamento pode contribuir com o processo de recuperação econômica do Brasil, já que a pandemia acelerou o uso da tecnologia no país. E admitiu que esse processo de digitalização dos pagamentos tende a reduzir o uso do dinheiro em papel e abrir espaço para a emissão de uma moeda digital no Brasil.

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