Banco

Caixa prevê R$ 980 mi de economia anual com PDV e entrega de imóveis

Banco planeja uma economia anual de R$ 580 milhões com o plano de demissão voluntária e de R$ 400 milhões com a entrega de 100 imóveis

Marina Barbosa
postado em 25/11/2020 12:52 / atualizado em 25/11/2020 12:53
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal pretende reduzir as despesas com pessoal e patrimônio em R$ 980 milhões por ano. Para isso, planeja entregar 100 prédios nos próximos dois meses e lançou um Plano de Demissão Voluntária Extraordinária (PDVE) que teve a adesão de 2,3 mil bancários, informou nesta quarta-feira (25/11) o presidente do banco, Pedro Guimarães.

Durante a apresentação dos resultados da Caixa do terceiro trimestre deste ano, Guimarães afirmou que o banco tem 178 imóveis próprios e alugados, mesmo já tendo devolvido 50 imóveis nos últimos meses. Por isso, vai devolver mais 100 prédios, o que deve gerar uma economia da ordem de R$ 400 milhões por ano. "E essa devolução será nos próximos dois meses", ressaltou.

Em paralelo a isso, a Caixa lançou um Plano de Demissão Voluntária Extraordinária (PDVE) no início deste mês. A ideia era atingir até 7,2 mil funcionários que estão perto da aposentadoria ou gostariam de desligar do banco. A adesão, contudo, foi de 2,3 mil bancários, segundo dados apresentados nesta quarta-feira pelo banco. "Dá uma economia recorrente da ordem de R$ 580 milhões por ano", disse Guimarães.

O presidente da Caixa destacou que "esses dois movimentos geram uma economia, uma redução de despesas, de pessoal e outras administrativas, de R$ 980 milhões por ano".

Segundo o balanço da Caixa, as despesas administrativas e de pessoal do banco apresentaram um leve crescimento neste ano. Só no terceiro trimestre deste ano, foram R$ 8,4 bilhões, contra R$ 8 bilhões do mesmo período do ano passado; e R$ 8,3 bilhões, do segundo trimestre deste ano. A cifra foi apontada, inclusive, como uma das responsáveis pelo resultado do banco no período.

Guimarães explicou que, nos últimos nove meses, a Caixa teve um "desembolso maior" por conta do pagamento do auxílio emergencial, que exigiu a abertura das agências no fim de semana e o pagamento de hora extra para quase 37 mil bancários.

Banco digital

A expectativa do banco, contudo, é ajustar essa cifra em 2021. Para isso, também aposta nos serviços digitais. A ideia é oferecer cada vez mais serviços, inclusive o pagamento de benefícios sociais e a contratação de microcrédito, por meio do aplicativo Caixa Tem, o que pode reduzir as despesas e aumentar as receitas com serviços do banco.

"O banco digital é fundamental para o futuro da Caixa. Vai reduzir os custos da Caixa e trazer benefícios para as pessoas", disse Guimarães. Segundo ele, os clientes do banco digital poderão ser atendidos de forma digital pelo Caixa Tem, mas também por meio da rede de agências do banco, se preferirem.

Ao Correio, Guimarães assegurou que a Caixa não vai fechar agências nos municípios em que é o único banco com atendimento presencial. Segundo ele, podem ser feitos ajustes na rede atendimento apenas onde o banco tem muitas agências. A Caixa ainda avalia a possibilidade de abrir pontos "objetivos" de atendimento em locais em que a população só conta com o apoio financeiro das lotéricas.

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