DÍVIDAS

Brasília tem maior queda no número de famílias endividadas entre as capitais

Cerca de 200 mil lares brasilienses saíram do vermelho entre 2019 e 2020, o equivalente a 25%. Já a dívida média mensal de cada família caiu 20%: de R$ 2.638 para R$ 2.117

Jailson R. Sena*
postado em 07/12/2020 18:24 / atualizado em 07/12/2020 18:25
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Segundo a Radiografia do Endividamento da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 25% das famílias de Brasília saíram da lista de endividamento entre 2019 e 2020 — é a maior queda entre todas as capitais brasileiras.

Enquanto no fim do primeiro semestre do ano passado, Brasília tinha 81% de lares endividados, esse número foi para 60%, no mesmo período de 2020. Em números absolutos, cerca de 200 mil famílias saíram da situação de endividamento no período.

Já a soma das dívidas das famílias no DF registrou a segunda maior queda do país (-39%), atrás apenas de Porto Alegre (-42%). A dívida média mensal de cada lar na capital federal caiu 20%: de R$ 2.638 para R$ 2.117.

Brasília ainda figura entre as capitais brasileiras com o menor número de famílias com contas em atraso ou inadimplentes, 13% dos lares, à frente apenas de Rio Branco (AC), com 9%; e de João Pessoa (PB), com 7%. A média nacional é de 26% no período.

Outras capitais do Centro-Oeste

Entre junho de 2019 e o mesmo mês de 2020, 15% das famílias de Goiânia (GO) saíram da situação de inadimplência. No fim do primeiro semestre deste ano, 28% dos lares estavam nesta condição contra 33% no mesmo período em 2019.

Já Campo Grande (MS) se destacou na pesquisa pela diminuição da dívida média mensal familiar (15%): de R$ 2.017, no ano passado, para R$ 1.727, agora.

Análise da Federação nota que no Centro-Oeste é onde se encontra a maior disponibilidade de crédito formal em relação ao volume da população do país, o que — aliada à renda média mais alta do que o Norte e o Nordeste —, por exemplo, favoreceu as quedas nas taxas de endividamento.

Com exceção do DF, onde prevalece a alta renda média em função de grande conjunto de pessoas ligadas ao serviço público, a região do Centro-Oeste tem forte presença do agronegócio, uma das poucas atividades que continuaram crescendo em meio à pandemia de covid-19 no Brasil. Por meio da “renda agrícola”, cidades no interior puderam passar pela crise com menos dificuldades, cujo impacto também foi sentida nas capitais.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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