SAÚDE

Defesa ajudará a distribuir vacina, diz general Pafiadache

Secretário salientou que as equipes levaram testes para a população em junho deste ano, no auge da pandemia, mas justificou que os casos "eram poucos"

O Ministério da Defesa deverá se envolver na vacinação contra a covid-19 em 2021. A afirmação é do general Manoel Pafiadache, secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto da pasta. Em entrevista ao CB.Poder – uma realização do Correio Braziliense e da TV Brasília –, ontem, ele afirmou que “naturalmente a pasta vai se envolver na distribuição da vacina”. Isso se dará, segundo ele, para garantir que populações em locais de difícil acesso, como é o caso de povos que vivem na região amazônica, sejam imunizados.

“Já estamos em contato com o Ministério da Saúde para apoiá-lo. Vai ser um plano muito forte e as Forças Armadas não poderiam ficar de fora desta missão”, explicou. Ele também falou sobre as missões interministeriais com a participação da Defesa em aldeias indígenas, que começaram em junho deste ano, com o objetivo de levar atendimentos de saúde à população.

A operação, segundo ele, reuniu cerca de 400 profissionais, entre médicos (pediatras, ginecologistas e infectologistas), enfermeiros, técnicos em enfermagem e veterinários. O general avalia que o número de indígenas beneficiados chegou a 150 mil, que receberam atendimento, remédios e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Com a alta nos casos de covid-19 no país àquela altura, o secretário salientou que as equipes levaram testes para a população, mas os casos eram poucos. Mesmo em meio à crise sanitária, disse ele, “a maior preocupação sempre foi levar o máximo de saúde. Não só em função da pandemia, mas também das necessidades em geral”, observou.

Pafiadache também destacou a falta de uma política nacional de biossegurança e afirmou que tem trabalhado pela construção do primeiro laboratório Nível de Biossegurança 4 (NB4) no país. Isso, segundo o general, permitiria manipular e estudar agentes contaminantes de alta complexidade. “Se tivéssemos o NB4 antes da pandemia, certamente a resposta do Brasil seria diferente, porque estaríamos fazendo pesquisas de altíssimo nível. Quando veio a pandemia, a discussão para a construção desse laboratório ganhou força”, disse.

*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi