MERCADO

Bolsa opera em alta e mercados acionários amanhecem em baixa

Todas as atenções se voltam para o início da campanha nacional de vacinação nesta segunda-feira (18/1)

Vera Batista
postado em 18/01/2021 12:12 / atualizado em 18/01/2021 12:20
 (crédito: Foto: Pixabay)
(crédito: Foto: Pixabay)

O avanço da covid-19 e seus desdobramentos seguem sustentando a postura de cautela dos investidores. Além disso, a liquidez dos mercados está reduzida nesta segunda-feira (18/1), por conta do feriado do Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos. No Brasil, entretanto, o início da vacinação deve aliviar a aversão ao risco sobre os negócios locais, destaca o relatório do Boletim Econômico do Bradesco. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira que a vacinação contra a Covid-19 será iniciada a partir das 17h em todo o país.

Nesta manhã, no Brasil, a Bolsa de Valores (B3) opera em alta e os mercados acionários operam em queda. Às 10h56, o Ibovespa (índice que mede o desempenho das principais ações) tinha alta de 0,59%, a 121.064. A moeda americana caía de 0,09% a R$ 5,2986 na compra e a R$ 5,2996 na venda, em relação ao real.

Na sexta-feira (15), ao contrário, o dólar fechou em alta de 1,93%, cotado a R$ 5,3078. No mês e no ano, a moeda acumula avanço de 2,32%. Todas as atenções se voltam para o início da campanha nacional de vacinação contra a covid-19, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado o uso emergencial das vacinas CoronoVac e de Oxford.

Lá fora, permanece a ansiedade em torno da troca de poder nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (20), com a posse de Joe Biden, sem público, não apenas devido à pandemia, mas também pelo forte esquema de segurança devido a prováveis protestos dos apoiadores do ex-presidente Donald Trump. Na Europa, os programas de vacinação continuam a dominar o noticiário. O Reino Unido continua no topo do ranking da campanha de vacinação. Nesta segunda (18), o programa foi ampliado para imunização de qualquer pessoa com mais de 70 anos, além das consideradas extremamente vulneráveis. No Reino Unido, apesar desse avanço, a Bolsa no momento opera no campo negativo (-0,23%). Na Itália, o comportamento é positivo, em 0,64%.

Expectativas

A vacinação ajudará a economia tanto do lado da oferta quanto da demanda, destaca relatório do Itaú-Unibanco. Os economistas da instituição financeira analisam que, apesar do cenário desafiador, o teto de gastos constitucional deve ser cumprido nos próximos anos.

“Esperamos deficits orçamentários primários de 2,1% do PIB em 2021 e 1,5% do PIB em 2022”, apontam. Dessa forma, foram mantidas as estimativas de crescimento do PIB, de tombo de 4,1% para 2020, de resultado positivo de 4% para 2021, e alta de 2,5% para 2022.

“Elevamos nossas estimativas de superavit comercial para US$ 77 bilhões (de US$ 70 bilhões no cenário anterior) em 2021 e US$ 70 bilhões (de US $ 65 bilhões) em 2022 devido aos preços mais altos das commodities. Projetamos a taxa de câmbio em US$ 4,75, em 2021 e 2022, embora o real possa permanecer pressionado no curto prazo. Revisamos nossa projeção de inflação para 2021 para 3,6% (de 3,3%), incorporando preços mais altos de commodities agrícolas. Nossa estimativa para 2022 permaneceu em 3,3%”, reforçam os técnicos.

Para a inflação, segundo o relatório do Itaú-Unibanco, não houve mudança em relação às expectativas de inflação para 2021. Foi mantida a perspectiva de Selic referencial em 3,5% ao ano. “Mas agora esperamos que o ciclo de aperto monetário comece em maio, dado o ambiente inflacionário. Esperamos também que o Comitê de Política Monetária (Copom) retire o guidance para a frente na reunião de janeiro”, alertam.

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