Após dias de muita turbulência, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou o pregão desta quarta-feira (24/2) perto da estabilidade. O Ibovespa subiu 0,38%, aos 115.667 pontos. Com isso, o dólar fechou em queda de 0,39%, aos R$ 5,42.
O resultado positivo da Bolsa foi puxado pelo cenário externo positivo e pela recuperação das estatais, que derreteram no início da semana por conta da interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Petrobras, mas estão em recuperação desde essa terça-feira (23/2).
As ações preferenciais da Eletrobras subiram 4,96% e as ordinárias avançaram 3,46% no pregão desta quarta-feira, com os investidores animados com a publicação da medida provisória que tenta destravar a privatização da Eletrobras. Os papeis da Petrobras também subiram mais de 1%, recuperando-se do baque de R$ 100 bilhões de segunda-feira e influenciados pela alta internacional de petróleo.
Analistas dizem, no entanto, que ainda é preciso ter cautela. Afinal, muitos economistas calculam que não será possível concluir o processo de privatização neste ano e porque as incertezas sobre a política de preços da Petrobras continuam, diante da nomeação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal.
Além disso, os rumores sobre o fatiamento da PEC Emergencial mantiveram os investidores em alerta sobre o rumo das contas públicas. As ações de gigantes do varejo, como o Carrefour, as Americanas e a Renner, que podem ser beneficiadas pelo auxílio emergencial, por sinal, caíram nesta quarta-feira, segurando o resultado do Ibovespa.
"Ativos domésticos no mercado de renda variável deram sequência ao movimento de recuperação, refletindo um movimento técnico de compra relacionado ao barateamento das ações que ocorreu por conta da elevação do risco político. Ao longo do dia, o dólar apreciou, refletindo o leve apaziguamento de ânimos relacionado ao envio da MP de privatização, embora os juros futuros tenham operado em forte alta, decorrente do adiamento da votação da PEC Emergencial", comentou o economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortíz.
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