LEILÃO

Marinho tece indiretas a Guedes: 'Tomara que as pessoas vivam 100, 110, 120 anos'

Na última terça-feira (30/4), Guedes disse que "todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 [anos]", mas que "não há capacidade de investimento para que o estado consiga acompanhar" a busca crescente por atendimento médico

Durante leilão da Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), ocorrido em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, aproveitou o discurso para alfinetar o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na última terça-feira (30/4), Guedes disse que "todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 [anos]", mas que "não há capacidade de investimento para que o estado consiga acompanhar" a busca crescente por atendimento médico.

Marinho destacou ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), que o leilão beneficiará as população mais humilde, que não possui acesso a serviços de água e esgoto no estado.

"A sua responsabilidade, governador, é muito maior agora. O senhor tem nas mãos os instrumentos para transformar o Estado do Rio de Janeiro. O senhor vai poder atender a dignidade das pessoas mais pobres, mais humildes e desassistidas, que poderão ter mais qualidade de vida. Que vão viver mais e melhor. Quem sabe possam viver 100, 110, 120 anos. Tomara que isso aconteça em breve no nosso país. Com qualidade, com vida plena, com acesso à educação, com acesso à saúde, com acesso à cidadania", alfinetou.

Momentos antes, Guedes havia discursado e falado sobre a importância das outorgas. "Confiança no Brasil, esse é o resultado”, destacou. Na mesma linha, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a medida marca a economia e reforça confiança de investidores no país.

A desavença entre os dois vem desde o ano passado, quando o comandante da Economia apontou que 
Marinho era “fura teto”. No último dia 9, em evento online, sem citar diretamente o colega, Guedes apontou que “tem sempre um ministro mais ousado. Tem ministro fura-teto. Tem de tudo aqui. Tem ministro que não desiste. Volta toda hora e bate no mesmo lugar. Bota em risco a viagem do grupo todo. Isso acontece volta e meia. É natural”, disse na ocasião.

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