MEIO AMBIENTE

Caixa destina R$ 150 milhões para a preservação de florestas

Protocolo de intenções, assinado no Palácio do Planalto, prevê adesão do banco ao programa Adote um Parque, estimando a preservação de 3,5 milhões de hectares de florestas e o plantio de 10 milhões de árvores

Rosana Hessel
postado em 12/05/2021 18:28
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

A Caixa Econômica Federal anunciou que investirá R$ 150 milhões na preservação de 3,5 milhões de hectares de florestas por meio do programa Adote um Parque, instituído pelo governo federal por meio do decreto nº 10.623, em fevereiro deste ano. 

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, assinou, nesta quarta-feira (12/5), o protocolo de intenções em evento no Palácio do Planalto com participação do presidente Jair Bolsonaro. Guimarães definiu o programa como “o maior programa de preservação ambiental do mundo”, em um sinal claro de que o governo tenta melhorar a péssima imagem no exterior após registrar recordes de desmatamento no mês de abril. Além disso, diante da possibilidade de afrouxamento das regras ambientais com o PL da Grilagem, europeus ameaçaram boicote às commodites brasileiras.

“Esse é um programa de escala para o meio ambiente”, afirmou o presidente da Caixa. Segundo ele, “mais de 3,5 milhões de hectares” serão preservados pela iniciativa que ainda prevê o plantio de 10 milhões de árvores em áreas desmatadas desses parques que serão adotados pelo banco por meio do programa que terá desembolsos anuais.

De acordo com Guimarães, a medida medida faz parte de uma nova estratégia da Caixa para ampliar investimentos na área socioambiental. Ele contou que o banco pretende destinar parte dos lucros recordes da instituição na preservação de parques e florestas em todas as unidades da federação. “Vamos ter, pelo menos, um patrocínio em cada um dos 26 estados mais o Distrito Federal em preservação da natureza e da fauna e flora. Quando temos resultados recordes, precisamos dar de volta para a sociedade”, disse ele, acrescentando que esse será "o legado" do governo.

Balanço "nota 10" 

Guimarães comemorou também os lucros da Caixa em sua gestão e fez questão de afirmar que os balanços da instituição passaram a ter "nota 10" das auditorias. Nesta quarta, a Caixa divulgou um lucro líquido contábil de R$ 4,6 bilhões no primeiro trimestre de 2021, registrando crescimento de 50,3% frente ao mesmo período do ano passado (R$ 3,049 bilhões). Na terça-feira (11), a Caixa Seguridade Participações divulgou lucro de R$ 431,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, dado 4,3% superior ao comparado com o mesmo período do ano passado. A subsidiária concluiu a oferta pública de ações (IPO) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no mês passado, arrecadando R$ 5 bilhões na operação que atraiu 107.973 acionistas pessoas físicas. 

Pedro Guimarães destacou que os resultados positivos nos balanços da Caixa ocorrem "depois que o banco reduziu a taxa do cheque especial de 14% ao mês para 1,8% mensais". A instituição consegue apresentar os resultados sem questionamentos das auditorias independentes, algo que não ocorria nas gestões anteriores. “É até difícil comparar o resultado com os balanços anteriores, porque tinham ressalvas”, disse.

Esportes

De acordo com o presidente do banco, além de parques, a Caixa pretende ampliar o patrocínio nos esportes, mas sem incluir o futebol, que consumiam R$ 300 milhões por ano. “Flamengo tinha patrocínio da Caixa e perdeu. Agora, sem patrocínio, ganhou vários títulos. Os times de futebol não precisam da Caixa”, disse Guimarães, um flamenguista confesso. “Quem precisa são as pessoas com deficiência e outras modalidades. Renovamos com a ginástica e estamos renovando com o atletismo”, complementou.

 

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