PIB

Prévia do BC aponta alta de 1,14% no PIB de junho frente a maio

Índice de Atividade Econômica do 2º trimestre de 2021, divulgado nesta sexta-feira (13/8), demonstra estabilidade no semestre. Dados oficiais do PIB serão informados pelo IBGE, em setembro

Fernanda Fernandes
postado em 13/08/2021 10:28 / atualizado em 13/08/2021 10:43
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
O Banco Central divulgou, nesta sexta-feira (13/8), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) com dados do trimestre encerrado em junho de 2021. O índice, que traz uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apontou alta no mês acima do esperado, de 1,14%, na comparação com maio. No trimestre, demonstra estabilidade, com uma alta discreta de 0,12% no 2º trimestre encerrado em junho, comparado ao trimestre anterior.

O resultado é bem acima dos 0,40% esperados, segundo pesquisa da Reuters. No acumulado em 12 meses, a prévia do BC indica avanço de 2,33%. Na comparação com junho de 2020, o avanço no mês foi de 9,07%. Já comparado com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi ainda maior. De acordo com o IBC-Br, houve alta de 13,17%. Os aumentos expressivos na comparação por período podem indicar recuperação econômica em razão da pandemia no país.

O indicador do BC antecipa o resultado do PIB, mensalmente, mas os números oficiais são divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trimestralmente. A diferença entre as pesquisas é que o indicador da autarquia traz estimativas para agropecuária, indústria, setor de serviços e impostos, mas não considera a demanda, incluída na pesquisa do IBGE. Os dados oficiais referentes ao primeiro trimestre de 2021 serão divulgados pelo IBGE somente em 1º de setembro.

Ambos indicadores mostram que o Brasil tem se recuperado do “tombo” da pandemia desde maio de 2020, com o retorno da indústria e das atividades de bens e serviços. No mês passado, o governo federal elevou a expectativa de crescimento do PIB para 5,3% em 2021. O BC segue com uma previsão mais discreta de crescimento, de 4,6% neste ano. “A gente vê que os países estão em torno do nível pré-pandemia e com projeções de PIB mais animadoras. Essas projeções para 2021 foram revisadas para cima”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento promovido, na quinta-feira (12), pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Ruídos fiscais

Com as discussões sobre uma reforma sobre o Imposto de Renda em evidência, o país altamente endividado e o cenário de instabilidade política nacional, a apreensão dos investidores quanto ao risco fiscal anda bastante elevada. Esse risco foi reconhecido na última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom), e comentado, ontem, pelo presidente do BC. “A expectativa é de que o motor dessa nossa recuperação tem que vir do dinheiro privado, e a gente começa a ver o impacto dessa percepção de piora fiscal. Qualquer notícia leva os agentes econômicos a entender que existe uma desestabilização fiscal e tem um claro efeito nas variáveis macroeconômicas, o que também tem uma influência na recuperação do crescimento”, explicou Campos Neto.

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