Pesquisa

Aumenta pessimismo dos brasileiros com situação financeira do país

Dois terços da população esperam uma recuperação econômica somente a partir de 2022, diz Febraban. Estudo mostrou que apenas 9% dos entrevistados acreditam em uma recuperação solidificada da atividade doméstica ainda em 2021

Gabriela Chabalgoity*
postado em 16/09/2021 16:00 / atualizado em 16/09/2021 16:08

Apesar da reabertura dos comércios e leve retomada na economia brasileira, a população ainda está pessimista com o futuro da situação financeira do país. De acordo com a pesquisa trimestral Radar Febraban (Federação Brasileira de Bancos) de evolução da expectativa econômica dos brasileiros, dois terços da população dizem esperar que haja uma melhora econômica somente a partir do ano que vem. 

Além disso, o estudo mostrou que apenas 9% dos entrevistados acreditam em uma recuperação solidificada da atividade doméstica ainda em 2021. Em relação às próprias situações financeiras, 55% dos entrevistados não esperam se recuperar ainda este ano.

Quando comparados a pesquisas anteriores, os resultados mostram que o pessimismo do brasileiro aumentou. Em junho, 52% disseram não ver perspectivas de melhorias em sua situação. Apenas 18% responderam ter a expectativa de melhorar a situação financeira neste ano, queda de cinco pontos percentuais em relação a junho.

Dentre os principais fatores que contribuem para um pessimismo da população com a situação financeira, podem ser citados o aumento do desemprego e a queda do poder de compra, além da elevação da inflação, do custo de vida e da taxa de juros.

Olhando para o futuro, 75% dos entrevistados esperam que os juros, a inflação e, consequentemente, o custo de vida aumentem nos próximos seis meses. Sobre o desemprego e queda no poder de compra, cerca da metade torce para que essas taxas aumentem no mesmo período de tempo citado.

Compra de imóvel como investimento

A pesquisa mostrou, também, que as preferências de investimentos em imóveis cresceram. Agora, 34% dos entrevistados expressam ter a compra de um imóvel como alternativa preferencial de investimento, caso a situação financeira melhore e sobre algo no fim do mês. Em junho, 27% haviam assinalado tal opção.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) com 3 mil pessoas entre os dias 2 e 7 de setembro. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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