Equipe econômica

Governo nomeia substitutos para secretários de Guedes que pediram demissão

Quatro secretários pediram demissão de seus cargos no Ministério da Economia na semana passada. Todos comandavam setores relacionados aos gastos públicos

Bernardo Lima*
postado em 29/10/2021 12:41 / atualizado em 29/10/2021 12:56
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou três substitutos das quatro vagas deixadas pelos secretários que pediram demissão na semana passada no Ministério da Economia. A debandada ocorreu após o governo propor manobra de furar o teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil, criado para substituir o Bolsa Família.

As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira (29/10).

Acompanhe as mudanças:

  • Secretário de Tesouro e Orçamento Bruno Funchal substituído por Esteves Pedro Colnago Júnior
  • Secretário do Tesouro Nacional Jeferson Bittencourt substituído por Paulo Fontoura Valle
  • Secretária-especial-adjunta de Tesouro e Orçamento Gildenora Dantas substituída por Júlio Alexandre Menezes da Silva
  • Secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, exonerado, mas ainda sem substituto nomeado

Também nesta sexta, Rafael Bastos da Silva foi nomeado como novo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, na vaga de José Mauro Coelho, que pediu demissão do posto e foi exonerado.

Debandada

Os secretários e seus respectivos adjuntos já haviam anunciado suas demissões na última quinta-feira (21/10), mas continuavam despachando com o ministro Paulo Guedes, até que seus substitutos fossem anunciados.

Todos os quatro servidores alegaram motivos pessoais, porém os anúncios de demissões vieram após o governo federal confirmar que planejava uma manobra para driblar o teto de gastos para viabilizar um auxílio social de R$ 400 até o fim de 2022, ano em que o presidente tentará a reeleição.

O Auxílio Brasil vem para substituir o Bolsa Família, criado há 18 anos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior adversário político de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. O programa de transferência de renda que já foi considerado modelo no mundo faz seu último pagamento nesta sexta-feira a mais de 1 milhão de beneficiários antes de sair de cena.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro 

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