Selic

Brasil volta a ter taxa de juros com dois dígitos, a 10,75%, maior nível em 5 anos

Como já era esperado pelo mercado financeiro, inflação de alimentos, combustíveis e energia apertou ainda mais os cintos na política monetária do Banco Central (BC)

Fernanda Fernandes  
postado em 03/02/2022 14:45 / atualizado em 03/02/2022 14:47
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco do Brasil (BC) elevou a taxa Selic, a taxa básica de juros, mais uma vez, para 10,75% ao ano. Com isso, a taxa básica atinge os altos patamares já esperados por especialistas do mercado financeiro. É a primeira vez que os juros vão a dois dígitos desde 2017. E é o oitavo reajuste consecutivo na taxa Selic, que desde março tem elevado as taxas em 0,75%; a elevação da taxa foi maior nas três últimas reuniões, de 1,5%.

O BC informou que continuará a tendência de alta de juros básicos até que a inflação seja controlada, mas vale relembrar que, pela contração econômica gerada pela pandemia da covid-19, a Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020.

“Pressionado pelo dólar, pelos combustíveis e pela alta da energia elétrica, que devem se manter altos a curto prazo, o indicador do IBGE fechou em 10,06% em 2021, fechou no maior nível desde 2015”, diz em nota o Ministério da Economia.

Com isso, a autarquia informou que continuará a tendência de alta de juros básicos até que a inflação seja controlada. A Selic deve começar a ser reduzida somente no ano que vem. ”O brasileiro só deve ter algum alívio a partir de 2023, após as eleições”, completa a nota.

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