IRPF 2022

Imposto de Renda 2022: Por mais um ano, tabela não tem correção

De acordo com os cálculos da associação dos auditores fiscais da Receita Federal, ao não corrigir a tabela do Imposto de Renda mais uma vez, o governo "confiscará" cerca de R$ 48 bilhões de trabalhadores e aposentados em 2022

Fernanda Strickland
postado em 24/02/2022 22:16 / atualizado em 24/02/2022 22:16
Cerca de 5 milhões de pessoas foram prejudicadas por conta da falta de reajuste -  (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Cerca de 5 milhões de pessoas foram prejudicadas por conta da falta de reajuste - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Nesta quinta-feira (24/2), a Receita Federal divulgou as novidades do Imposto de Renda (IR) 2022, porém, por mais um ano a tabela não teve correção, portanto, os valores serão os mesmos de 2021. A cada ano, mais brasileiros caem nas garras do Leão. No ano passado, o Fisco recebeu 27,6 milhões de declarações, e, neste ano, como a tabela não teve reajuste por mais um ano, as estimativas da Unafisco Nacional é que esse número salte para cerca de 30 milhões. Segundo a entidade, cerca de 5 milhões de pessoas foram prejudicadas por conta da falta de reajuste.

De acordo com os cálculos da associação dos auditores fiscais da Receita Federal, ao não corrigir a tabela do Imposto de Renda mais uma vez, o governo "confiscará" cerca de R$ 48 bilhões dos trabalhadores e aposentados neste ano por meio da tributação de seus rendimentos. Levantamento feito pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) indica ainda que a falta de correção na tabela do Imposto de Renda (IR) faz com que os contribuintes com ganhos de até cinco salários mínimos sofram uma perda anual de mais de R$ 5 mil.

"Hoje, com esse nível de renda, nós temos cerca de 8 milhões de isentos. Com a correção integral teríamos 23,750 milhões de pessoas que não pagariam o IR", explica Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional. "Isso significa que temos mais de 15 milhões de contribuintes que estão pagando Imposto de Renda indevidamente, porque não foi feita a correção integral pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)", acrescenta. 

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