Sanções

Aprosoja-MT teme escassez de fertilizantes e pede agilidade no licenciamento

Brasil importa 85% dos fertilizantes que utiliza e vê fornecimento ameaçado por sanções a principais exportadores, Rússia e Belarus

Bernardo Lima*
postado em 03/03/2022 15:36 / atualizado em 03/03/2022 15:53
 (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
(crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Produtores agrícolas do Mato Grosso publicaram uma nota nesta quinta-feira (3/3) pedindo maior agilidade no licenciamento de fertilizantes por temer uma possível escassez do recurso no país, em meio a sanções contra Rússia e Belarus, maiores fornecedores do insumo para o Brasil.

“O Congresso precisa agir rápido, é momento de deixar as ideologias de lado e se preocupar com o futuro e a alimentação das pessoas”, afirmou o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.

A associação ainda citou “possíveis desabastecimentos” de fertilizantes no país e destacou a necessidade de “desburocratizar o sistema de concessão e de licenciamento dessas jazidas de recursos minerais com potenciais para o uso de fertilizantes no país”.

As declarações vêm após o endurecimento de sanções financeiras à Rússia e sua aliada Belarus, que tiveram seus principais bancos retirados do sistema Swift, maior sistema de pagamentos do mundo. Com isso, ainda não está claro como os compradores internacionais conseguirão fazer o pagamento pelos fertilizantes.

Escassez

Na quarta-feira (2/3), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o governo está prestes a lançar um plano nacional de fertilizantes, que tem como objetivo agilizar os processos de licenciamentos, fornecendo compensações necessárias.

Mesmo assim, o cenário continua incerto. A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) informou hoje que o Brasil só possui estoque de fertilizantes até o próximo mês de junho. A entidade ainda disse que é cedo para avaliar os impactos das sanções impostas a fornecedores do agronegócio brasileiro.

*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro

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