Dinheiro

Bioeconomia e eficiência energética são oportunidades de investimentos

Agenda global de desenvolvimento está oferecendo oportunidades inéditas de ofertas de crédito e microcrédito a projetos voltados à transição ecológica, energética e digital, que ajudem o Brasil a melhorar seus indicadores quanto aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

A agenda global de desenvolvimento está oferecendo oportunidades inéditas de ofertas de crédito e microcrédito a projetos voltados à transição ecológica, energética e digital, que ajudem o Brasil a melhorar seus indicadores quanto aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As fontes de recursos, elaboração de projetos e acompanhamento desses investimentos estão sendo debatidos durante a 7ª edição do Fórum de Desenvolvimento acontece entre esta terça-feira (15/3) e quarta (16/3), em Brasília, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta pelos bancos de desenvolvimento, agências de fomento e cooperativas de crédito de todo o país, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Entre os desafios, está a questão do chamado “crédito orientado”, que envolve a oferta de consultoria e assessoria por parte dos financiadores aos seus beneficiários. “É uma questão de oportunidades para buscar recursos, gerar negócios inovadores, com a agenda da biodiversidade”, explica Jeanette Lontra, presidente da ABDE.

No período da pandemia, a ABDE aplicou R$ 348 bilhões em diferentes atividades produtivas por operações de grandes bancos, mas também por agências de fomento. “No momento de maior risco, entendemos que era nosso papel manter os investimentos nos setores que precisavam de socorro, como na saúde, com a criação de novos negócios, ou salvando empregos nacionais, como diz nossa experiência no setor de turismo”, explica a presidente.

Fontes

Durante o evento, um painel reuniu economistas ligados aos presidenciáveis. Entre os convidados, estavam os economistas Guilherme Mello, guru de Lula; Affonso Pastore, de Sergio Moro; Zeina Latif, vinculada a João Doria; Germano Rigotto, de Simone Tebet; e Nelson Marconi, de Ciro Gomes.

Rigotto defendeu a formação dos micro e pequenos empresários brasileiros. “Eu vejo o papel desses micro e pequenos empresários como fundamentais na crise, mas eles precisam saber onde buscar os recursos”, diz Rigotto. “Precisamos pensar em como obter esses recursos de bancos multilaterais, e o mercado de capitais poderia nos ajudar a construir isso”, rebateu Guilherme Mello.

Nelson Marconi defendeu que o mercado precisa se modernizar. “É fundamental uma capacitação de estados e municípios para ajudar nesse sentido, dialogando com a sustentabilidade”. Zeina Latif finalizou a rodada de debates, ao explicar que essas agendas precisam estar inseridas num plano maior de governo. “A nossa lição de casa é ter bons projetos”.

Fórum

O evento é transmitido online e tem inscrições gratuitas pelo site: www.forumdodesenvolvimento.com.br. O Fórum oferece palestras, debates e mesas redondas com a equipe econômica dos presidenciáveis e integrantes de instituições financeiras de todo o mundo, incluindo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

Durante o evento, será apresentado o Plano ABDE 2030, documento criado pela entidade com ações concretas para impulsionar o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O evento tem apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e patrocínio da Agência Francesa de Desenvolvimento (Agence Française de Développement –AFD) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e do projeto FiBraS – Finanças Brasileiras Sustentáveis, da Agência Alemã de Cooperação (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit - GIZ).

Saiba Mais