COMBATE À INFLAÇÃO

Aço Brasil diz ser "inadequada" medida de redução da tarifa de importação

"É inadequada ainda, porque está na contramão da política adotada pelos principais países produtores de aço", diz a nota da entidade

Fernanda Strickland
postado em 11/05/2022 20:51 / atualizado em 11/05/2022 20:51
Segundo a Aço Brasil, ao reduzir o imposto de importação, o país facilitará ainda mais o desvio de comércio -  (crédito: IGO ESTRELA/ESP. CB/D.A PRESS. BRASIL)
Segundo a Aço Brasil, ao reduzir o imposto de importação, o país facilitará ainda mais o desvio de comércio - (crédito: IGO ESTRELA/ESP. CB/D.A PRESS. BRASIL)

Após o Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) e o governo federal aprovarem nesta quarta-feira (11/5) a redução do Imposto de Importação, a Aço Brasil (entidade representativa das empresas brasileiras produtoras de aço) indicou que a medida é “inadequada”.

“No entendimento da Aço Brasil, é inadequada uma vez que o mercado se encontra plenamente abastecido, não existe especulação de preços e o impacto inflacionário do vergalhão é de apenas 0,03 ponto percentual no Índice de preços no consumidor (IPCA)”, apontou a nota. "Não existe, portanto, qualquer excepcionalidade que justifique a medida".

“É inadequada ainda, porque está na contramão da política adotada pelos principais países produtores de aço, que face ao gigantesco excesso de capacidade instalada no mundo, da ordem de 518 milhões de toneladas, tem adotado medidas de restrição à importação predatória”, completou a empresa.

Segundo a Aço Brasil, ao reduzir o imposto de importação, o país facilitará ainda mais o desvio de comércio. “O mercado, soberano, responderá pelo impacto da medida.”

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