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Deputado critica troca no MME: 'Oligopólio para nos engolir'

Danilo Forte (União-CE) preside a Frente Parlamentar das Energias Renováveis e defendeu que a relação com o ex-ministro era positiva: "Estava sintonizado com o setor"

O deputado Danilo Forte (União-CE) afirmou nesta quarta-feira (11/5) que a troca de cadeiras na chefia do Ministério de Minas e Energia (MME) é “muito preocupante” e que o ex-ministro Bento Albuquerque estava “sintonizado com o setor”. O parlamentar preside a Frente Parlamentar das Energias Renováveis.

“É muito preocupante, num momento crítico como esse, em que o Brasil está perplexo diante da retomada da inflação — em que combustíveis e energia são os pilares dessa retomada dos preços — fazer uma mudança como essa, de um ministro que estava sintonizado com o setor, que tinha abertura para o diálogo e uma compreensão plena do papel e da importância das energias renováveis no Brasil”, escreveu em nota.

Na avaliação do deputado, se trata de uma “ameaça” ao “ transferir ainda mais a poupança popular para grupos privados, oligopólios, que tomaram conta do mercado de energia a gás”, o que ele julga como “retrocesso” diante do avanço das energias limpas no mundo.

“A decisão de mais uma vez criar um oligopólio para nos engolir no futuro e amargar de novo a volta do processo recessivo é preocupante. Não conheço o novo ministro, terei prazer em conhecê-lo, mas ele entra em um momento muito difícil”, finalizou.

Albuquerque foi demitido por não querer colaborar com uma pauta de interesse do Centrão: investir cerca de R$ 100 bilhões tirados do pré-sal na construção de um mega-gasoduto. A obra, contudo, poderia favorecer especialmente Carlos Suarez, o “rei do gás”, ex-sócio da empreiteira OAS, que possui um oligopólio em oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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