Mercados

Ibovespa renova mínima desde 2020 com queda de commodities

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 1,7%, aos 96.212,83 pontos. Com o recuo do preço do minério de ferro na Ásia, as ações da Vale desabaram mais de 6% representando as maiores perdas da sessão

Rafaela Gonçalves
postado em 14/07/2022 18:38 / atualizado em 14/07/2022 18:38
 (crédito: NELSON ALMEIDA)
(crédito: NELSON ALMEIDA)

Pressionado pelo declínio das ações atreladas a commodities e o temor da alta de juros nas principais economias do mundo, o Índice Bovespa (IBovespa), principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou em queda de 1,7%, a 96.212,83 pontos nesta quinta-feira (14/7). Na mínima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro chegou a cair aos 95.430,74 pontos, menor patamar intradia desde 3 de novembro de 2020.

O pregão também foi marcado por ajustes com o vencimento dos contratos de opções sobre ações. Com o recuo do preço do minério de ferro na Ásia, as ações da Vale desabaram mais de 6% representando as maiores perdas da sessão. Na esteira da queda de 0,47% do petróleo Brent, a Petrobras PN também registrou recuo de 2,5%.

No exterior, S&P 500 fechou em queda de 0,30%, aos 3.790 pontos; enquanto o Dow Jones recuou 0,46%, aos 30.630 pontos e Nasdaq teve leve variação positiva de 0,03%, em 11.251 pontos.

O dólar comercial terminou a sessão em alta de 0,51%, cotado a R$ 5,433 para compra e para venda.

A aversão ao risco toma conta dos mercados globais, os investidores temem que a pressão inflacionária nos Estados Unidos faça com que o Federal Reserve, banco central americano, eleve mais do que o esperado sua taxa de juros. No cenário doméstico, o mercado também repercutiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve recuo de 0,11% em maio na comparação dessazonalizada com abril.

Por outro lado, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº1/2022, a PEC Kamikaze ou Eleitoreira, também tem preocupado os investidores quanto ao risco fiscal, com mais uma quebra no teto de gastos. O risco Brasil, indicador do grau de instabilidade econômica do país, renovou máxima hoje aos 332 pontos, de acordo com a IHS Markit.

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