COMBUSTÍVEL

Levantamento da ANP indica que preço da gasolina recuou 6,4%

O recuo nos preços, somado a outras medidas, leva economistas a preverem uma retração da inflação em julho

Michelle Portela
postado em 16/07/2022 06:00
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O preço médio da gasolina caiu 6,4% no país, nesta semana, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), retornando ao patamar registrado em maio de 2021. A queda reflete a redução do ICMS sobre combustíveis, determinado pela Lei Complementar 194, que fixou um teto de 18% para a cobrança do tributo pelos estados. O recuo nos preços, somado a outras medidas, leva economistas a preverem uma retração da inflação em julho. Segundo André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a inflação negativa deverá ser de 0,70% neste mês.

De acordo com a ANP, o litro da gasolina foi comercializado a R$ 6,07 por litro, em média, representando uma queda de 17,8% desde que o governo começou a forçar a redução de impostos. No Distrito Federal, o preço médio da gasolina, nesta semana, foi R$ 5,90, mas o combustível chegou a ser encontrado por R$ 5,69.

Conta de luz

A lei também limitou o ICMS cobrado sobre serviços de energia elétrica, telefonia e transporte público. Além disso, nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou redução de tarifas para 10 distribuidoras de energia do país. Haverá diminuição entre 0,50% a 5,26% no valor das contas dos consumidores da Ebo, Enel RJ, CPFL Santa Cruz, CPFL Paulista, Esse, Enel CE, Coelba, Cosern, Celpe e Sulgipe. O recálculo visa adequar as tarifas à legislação que determinou a retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estamos subcaptando os efeitos do ICMS, mas à medida que o mês avança, vamos recebendo informações sobre essa retração, que poderá se confirmar com uma inflação negativa como a gente não vê há muito tempo”, avaliou André Braz.

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