Comércio varejista

Vendas no varejo caem 1,4% em junho ante maio, aponta IBGE

Dados do IBGE mostram que, no primeiro semestre do ano, há uma alta acumulada de 1,4% frente ao mesmo período de 2021 e perda de 0,9% nos últimos 12 meses

Fernanda Strickland
postado em 10/08/2022 09:59 / atualizado em 10/08/2022 09:59
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

As vendas no comércio varejista no país recuaram 1,4% na passagem de maio para junho. É a segunda variação negativa consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (10/8) pelo IBGE.

O levantamento de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 2,9%. No primeiro semestre do ano, há uma alta acumulada de 1,4% frente ao mesmo período de 2021, e, nos últimos 12 meses, perda de 0,9%. Nesse último indicador, também é o segundo mês consecutivo no campo negativo, o que não acontecia desde agosto de 2017.

De acordo com os dados, a retração na comparação com maio foi disseminada por sete das oito atividades investigadas pela pesquisa. Duas delas tiveram maior influência sobre o índice geral do varejo: tecidos, vestuário e calçados, com queda de 5,4%, e hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento que recuou 0,5% no período.

Compras do mês

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a atividade de hiper e supermercados teve uma influência importante da inflação ao longo do primeiro semestre do ano. “Entre abril e maio, houve variação de 4% na receita e de 1% no volume de vendas, indicador em que a pesquisa já desconta a inflação”, explicou.

“De maio para junho, essa atividade teve queda de 0,5% no volume, mas variou 0,3% em receita. Isso significa que há amplitude menor da inflação, mas o suficiente para que o volume tivesse uma variação negativa, apesar de a receita ficar no campo positivo.”

O pesquisador também destaca o recuo do setor de tecidos, vestuário e calçados, que ainda segue 9,9% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. “Essa atividade teve uma queda intensa na passagem de maio para junho. Ao longo do ano, houve altas ligadas a uma nova estratégia adotada por essas empresas de também se lançar no comércio eletrônico, de fazer vendas virtuais de forma mais forte do que se fazia antigamente, já que, nesse setor, experimentar um produto antes de comprar é muito importante”, completou.

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