Mercados

Inflação nos Estados Unidos desacelera e dólar cai

Depois de subir 1,3% em junho, a inflação nos EUA perdeu força e ficou estável no mês passado, segundo dados do Departamento do Trabalho do governo norte-americano

Correio Braziliense
postado em 11/08/2022 06:00
 (crédito:  Marcello Casal Jr/Agência Brasil. )
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil. )

O resultado da inflação de julho nos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado pelos analistas, desencadeou um movimento de queda do dólar e reforçou a tendência de alta nas bolsas de valores. Em São Paulo, o Ibovespa, principal índice da B3, teve o sétimo dia de ganhos e avançou 1,46%, para 110.236 pontos. O dólar, por sua vez, recuou 0,87%, terminando o dia a R$ 5,085 para venda, o menor valor desde 15 de junho.

Depois de subir 1,3% em junho, a inflação nos EUA perdeu força e ficou estável no mês passado, segundo dados do Departamento do Trabalho do governo norte-americano. Com isso, o resultado acumulado em 12 meses caiu de 9,1% para 8,5%. O enfraquecimento do processo inflacionário levou parte do mercado a apostar em uma alta de 0,5 ponto percentual das taxas de juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para setembro. Até então, a aposta majoritária era de elevação de 0,75 ponto.

"A notícia provocou uma venda intensa de dólares, com ajustes muito rápidos de preços", disse Kauê Franklin, especialista em renda variável da Aplix Capital. "Mais tarde, porém, houve um movimento de equalização", explicou.

Para Franklin, a percepção de que o pico da inflação americana pode ter ficado para trás, permite vislumbrar um ajuste mais suave na política monetária pelo Fed, sem que seja preciso levar a economia à recessão. Se isso ocorrer, disse, a tendência é a de que o dólar siga caindo.

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