CONJUNTURA

Puxada pelos combustíveis, prévia da inflação de setembro cai 0,37%

IPCA-15 registra nova deflação em setembro e cai abaixo de 8% em 12 meses

Fernanda Strickland
postado em 27/09/2022 10:35 / atualizado em 27/09/2022 10:36
 (crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
(crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

A prévia da inflação de setembro ficou em -0,37%, registrando a segunda queda seguida após chegar a -0,73% em agosto, puxada pelo preço dos combustíveis, com destaque para o recuo na gasolina. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumulado em 12 meses passou de 9,6% em agosto para 7,96% em setembro.

Apesar da deflação, apenas três grupos de produtos e serviços entre os nove pesquisados tiveram queda em setembro, aponta o IPCA-15 divulgado nesta terça-feira (27/9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Influenciado pelo item “combustíveis”, o grupo dos Transportes registrou recuo de 2,35% nos preços e deu a maior contribuição em pontos percentuais (-0,49 p.p.) do índice.

Os subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) tiveram queda nos preços no período, com a gasolina contribuindo com o impacto negativo mais intenso (-0,52 p.p.) entre os 367 subitens pesquisados no IPCA-15 de setembro. Esse resultado decorre da redução no preço do produto vendido para as distribuidoras, em 16 de agosto (R$ 0,18 por litro) e em 2 de setembro (R$ 0,25/l). 

Por outro lado, no grupo houve aumento de preços em passagens aéreas (8,20%), que voltaram a subir após a queda de 12,22% em agosto; em seguro voluntário de veículo (1,74%), emplacamento e licença (1,71%) e conserto de automóvel (0,62%).

Outros grupos

Além disso, também registraram queda nos preços os grupos Comunicação (-2,74%) e Alimentação e bebidas (-0,47%), com impactos de -0,14 p.p. e -0,10 p.p., respectivamente. O primeiro, a maior variação negativa em absoluto (-2,74%), teve o resultado influenciado pela redução nos preços dos planos de telefonia fixa (-6,58%) e de telefonia móvel (-1,36%), além de queda nos pacotes de acesso à internet (-10,57%) e nos combos de telefonia, internet e TV por assinatura (-2,72%). Também houve deflação nos aparelhos telefônicos (-0,99%). Vale lembrar que a Lei Complementar 194/22, sancionada no fim de junho, fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

Já o grupo de Alimentação e bebidas (-0,47%) teve o índice puxado para baixo pela alimentação no domicílio (-0,86%). Entre os subitens, destacam-se os recuos do óleo de soja (-6,50%), do tomate (-8,04%) e principalmente do leite longa vida (-12,01%). Apesar dessa queda em setembro, o preço do leite acumula alta de 58,19% no ano no IPCA-15. Por outro lado, os subitens que tiveram alta no grupo foram cebola (11,39%), frango em pedaços (1,64%) e frutas (1,33%).

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