Planos de saúde

ANS estuda medidas para regular novo rol de procedimentos obrigatórios

Se o PL for aprovado pelo presidente Bolsonaro, a ANS vai trabalhar para a criação de um decreto que regulamente a prática de medicina baseada em evidências. "Estamos pensando em formas de regulação caso passe", diz Paulo Rebello, diretor da ANS

As mudanças na lista de procedimentos obrigatórios aos planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde (ANS) ainda são motivo de debate. Após a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela fixação do rol taxativo, a regra foi derrubada no Congresso Nacional no fim de agosto.

Atualmente na mesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), o projeto deve ser sancionado com vetos.

O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, explicou, nesta sexta-feira (16/9), que a principal preocupação agora é quanto à possibilidade de serem incluídos, entre os procedimentos, aqueles com base científica frágil, devido à redação da matéria. “Esperamos a sanção com veto ao inciso primeiro, mas também estamos pensando em formas de regulação caso passe”, afirmou.

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O inciso primeiro da lei nº 2033/2022 diz que os novos procedimentos podem ser adotados pelos planos de saúde diante de evidências científicas e plano terapêutico. “Acreditamos que a redação deixou a interpretação aberta”, explicou Rebello.

Assim, caso sancionado o inciso, o diretor destacou que a ANS deverá solicitar a emissão de um decreto governamental para definir as formas de regulamentação da determinação.