Em reunião da Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços (CNC), nesta quinta-feira (20/10), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que dos 230 requisitos para o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil só tem 45 pendentes.
Segundo Guedes, o Brasil já teve 108 requisitos aceitos e outros 77 estão sendo analisados pela organização. "Faltariam 45 apenas. O Brasil está muito à frente dos outros países", disse o ministro, que aproveitou o evento para destacar, mais uma vez, o descolamento do país em relação às demais economias.
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Fundo Amazônia
No início deste mês foi entregue pelo governo o memorando para a efetivação como membro do "clube dos países ricos". Apesar do otimismo de Guedes, o aspecto ambiental pode ser um dos principais entraves para os países que integram o bloco, diante da imagem negativa que o Brasil possui nas questões ambientais, tema que é central na Europa.
Segundo o portal UOL, a documentação sigilosa de mais de mil páginas, sobre as leis e políticas nacionais em dezenas de setores, omite e distorce informações sobre a realidade do desmatamento e a preservação ambiental no Brasil.
A reportagem cita que o relatório entregue pelo governo chega a incluir o Fundo Amazônia na lista de medidas adotadas para provar que o país cumpre com os requisitos da instituição. No entanto, o investimento foi enterrado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) logo em seu primeiro ano de seu governo, abrindo uma crise diplomática com Noruega e Alemanha.
O Brasil é um dos seis candidatos a iniciarem o processo de entrada na organização este ano. A adesão ao grupo é uma das prioridades do governo de Bolsonaro, reforçada constantemente pela equipe econômica de Guedes. A demanda brasileira para entrar na OCDE foi apresentada em maio de 2017. O país esperou cinco anos até receber, em junho deste ano, a carta-convite para começar a negociação sobre as condições para se tornar sócio.
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