ENERGIA

Eletrobras registra prejuízo líquido de R$ 88 mil no 3º trimestre

Perdas ocorrem após a venda de ações da maior empresa do setor energético brasileiro e refletem dificuldades da companhia em sanar dívidas das concessionárias no Amazonas e na região do Rio São Francisco

Michelle Portela
postado em 10/11/2022 15:28 / atualizado em 11/11/2022 16:59
Usina de Tucuruí, no Pará, controlada por subsidiária da Eletrobras -  (crédito: Bruno Huberman )
Usina de Tucuruí, no Pará, controlada por subsidiária da Eletrobras - (crédito: Bruno Huberman )

A Eletrobras divulgou balanço financeiro nesta quinta-feira (10/11), após o processo de comercialização de ações da companhia no mercado financeiro. No terceiro trimestre deste ano (3T22), a companhia registrou R$ 88 mil de prejuízo líquido, pressionada pela deflação que reduziu receitas de transmissão de energia. No mesmo período do ano de 2021, a companhia teve lucro de R$ 965 milhões. 

O relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta queda também na receita operacional líquida, de R$ 9,210 bilhões no 3T21 para R$ 8,033 bilhões no 3T22.

O resultado do trimestre foi impactado negativamente pela deflação ocorrida no período, com uma redução de R$ 1,9 milhão nas receitas de transmissão, reajustadas com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). 

Inadimplência

A companhia também registrou queda do resultado financeiro em R$ 937 milhões. Entre os motivos está a necessidade de ampliar a Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD), por conta da inadimplência da Amazonas Energia, na ordem de R$ 478,5 milhões, além de ter realizado provisões para contingências de R$ 874 milhões. É importante destacar também a reclassificação de risco de processo ajuizado contra a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que pleiteia perdas e danos por atraso em linhas de transmissão no montante de R$ 588 milhões.

Também impactou no resultado o aumento da despesa de depreciação e amortização em R$ 497 milhões, dos quais R$ 267 milhões são relativos à amortização dos novos contratos de geração (Itumbiara, Tucuruí, Sobradinho, Mascarenhas e Curua-Una), decorrentes da privatização, e R$ 203 milhões pela consolidação da SPE Santo Antônio Energia.

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