Após o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a divulgação da inflação do Brasil, bem como a espera pelos dados dos Estados Unidos, o Ibovespa fechou o pregão com a maior queda desde o dia 8 de setembro do ano passado. Ao fim do dia, a Bolsa brasileira recuou -3,35%, fechando aos 109.775,46 pontos. O câmbio também sentiu os impactos negativos da Bolsa e o dólar avançou 4,19%, terminando esta quinta-feira (10/11) aos R$ 5,40.
Nos Estados Unidos, entretanto, o dia foi de alívio para os investidores, após a inflação norte-americana — que teve resultado de 7,7% em outubro — ficar abaixo do que era esperado pelo mercado. Dow Jones terminou o pregão com variação positiva de 3,72%, enquanto a Nasdaq teve uma alta histórica de 7,35%, aos 11.114,15 pontos.
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O bom ânimo dos norte-americanos não foi suficiente, contudo, para conter as baixas no mercado brasileiro. Lula discursou esta manhã para parlamentares da sua base aliada. Em sua fala, o presidente eleito citou que a prioridade é combater a fome e criticou o nervosismo do mercado. "Eu nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos de (Jair) Bolsonaro", afirmou o presidente eleito, Lula.
Mais tarde, com o anúncio dos novos membros da equipe de transição do governo petista, entre eles o do ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, Guido Mantega, a Bolsa chegou a recuar 4,46%, perdendo 5 mil pontos.
Outro fator que influenciou a queda da Bolsa foi a inflação acima do esperado divulgada sobre o mês de outubro, pelo IPCA, que indicou elevação de 0,59%, após três quedas consecutivas, de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro.
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*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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