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Novo arcabouço fiscal será definido até abril, diz Haddad em Davos

Ministro da Economia e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, representam o Brasil no Fórum Econômico Mundial. Os dois falam hoje no evento

Mariana Albuquerque*
postado em 17/01/2023 09:09 / atualizado em 17/01/2023 09:09
 (crédito: DOUGLAS MAGNO e EVARISTO SA / AFP)
(crédito: DOUGLAS MAGNO e EVARISTO SA / AFP)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que planeja reposicionar o Brasil junto a investidores globais. Segundo o que o próprio ministro falou na manhã desta terça-feira (17/1), ele enviará a proposta de novo arcabouço fiscal ao Congresso Nacional "no máximo, até abril". Haddad e a ministra Marina Silva estão representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum. 

A nova regra para disciplinar os gastos públicos vai substituir o teto de gastos, aprovado em 2016 e em vigor desde 2017. O Congresso aprovou a PEC da Transição com uma obrigação para que o governo Lula enviasse uma nova proposta de âncora fiscal até outubro. Haddad vem dizendo que pretende agilizar esse envio.

Haddad afirmou ter se reunido com o governo da Arábia Saudita para discutir potenciais investimentos, sobretudo em concessões, no Brasil. O ministro também esteva com Malloch Brown e Alexander Soros, filho de George Soros, do Open Society, e Ian Bremmer, do Eurasia.

"Eu estive com o governo saudita, que já tem parcerias com empresas brasileiras, com bancos brasileiros, e tem interesse em investir no Brasil, sobretudo em PPPs e em concessões. Eles tem fundos de investimentos, estão atentos a todos editais de parcerias que o governo brasileiro e estados e municípios vão lançar no próximo período.", afirmou o ministro sobre a primeira reunião citada.

Vim para cá com a Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente) tranquilizar a comunidade internacional que o Brasil está funcionando, voltou para o jogo democrático, e voltou a pensar grande. Voltou à mesa das grandes nações que buscam desenvolvimento com justiça social e liberdades civis e políticas”, declarou.

O Fórum Econômico Mundial se dá de 16 a 20 de janeiro. Segundo o Ministério da Fazenda, a intenção é mostrar que o Brasil “permanece focado na agenda econômica e preparado para assumir esse lugar que a comunidade internacional espera do país."

Haddad e Marina Silva são os enviados brasileiros para o evento na Suíça, acompanham eles: Mathias Alencastro, assessor para assunto internacionais da Fazendo; Sarquis José Buainain Sarquis, secretário de comércio exterior do Itamaraty e Tatiana Rosito, secretária de assuntos internacionais da Fazenda. 

Os representantes do Brasil no evento devem falar em linhas gerais sobre o já anunciado pacote anti-deficit, uma proposta para uma nova âncora fiscal no 1º trimestre e a reforma tributária. Também deve estar em pauta o combate à fome, mudanças climáticas, fortalecimento da democracia e política na América Latina. 

O evento que ocorre em Davos, tem como objetivo ser para governos, empresários e organizações um local para troca de experiências e para a atrair investimento, no mais conseguir alinhar agendas globais e debater a economia.  O retorno de Haddad para o Brasil está previsto para a próxima quinta-feira (19/1), às 6h45 (horário de Brasília).

*Estagiária sob a supervisão de Thays Martins

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