Governo

"Salário mínimo tem que crescer conforme o PIB" diz Lula para sindicalistas

Presidente recebeu representantes de todas as centrais sindicais no Planalto nesta manhã

Rafaela Gonçalves
Henrique Lessa
postado em 18/01/2023 15:00 / atualizado em 18/01/2023 15:02
 (crédito: Ricardo Stuckert/ GOV)
(crédito: Ricardo Stuckert/ GOV)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (18/1), os presidentes das centrais sindicais. A reunião que contou com a participação dos ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa, não foi aberta à imprensa. Após o encontro foi realizado um ato no Salão Nobre do Palácio do Planalto com a participação de mais de 500 sindicalistas convidados. Na fala, Lula disse que o salário mínimo deve aumentar de acordo com o crescimento do PIB.

Apesar da afinidade do presidente com o movimento sindical, o aumento do salário mínimo é, ainda, um tema delicado para a área econômica que procura saídas para o impacto da alta nas contas da Previdência. A solução apresentada pelo governo aos sindicalistas foi a criação de uma comissão, que no prazo de 45 dias deve apresentar uma proposta para essa política de valorização do salário mínimo.

Apesar da definição, Lula deu indicativos quanto ao modelo que o governo deve adotar: "O salário mínimo tem que subir de acordo com o crescimento da economia, o salário mínimo tem que crescer conforme o crescimento do PIB”, disse o presidente para o grupo de sindicalistas.

Muito comemorado pelos presentes, Lula justificou porque a política de valorização do salário mínimo deve ser negociada entre todos, “Por medida provisória, apenas do presidente, pode ser mais fácil, mas nós vamos ter que construir, porque se a gente construir junto, é mais difícil de desmanchar”, disse Lula se referindo ao fim da política de crescimento do mínimo vinculado ao crescimento do PIB, interrompida no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Durante a fala dos presidentes das centrais sindicais, a plateia de convidados gritava em coro “sem anistia”, numa referência às investigações sobre as ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores nos ataques à democracia.

Os sindicalistas saudaram a recriação do Ministério do Trabalho e Emprego, falaram da necessidade de se regulamentar o trabalho por aplicativo, da defasagem na tabela do imposto de renda e sobre a necessidade de uma reforma tributária o mais breve possível.

Para o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros  (CSB), Antônio Neto, o governo Lula deveria optar por uma ampla revogação da Reforma Trabalhista e da Lei de Liberdade Econômica. Apontou ainda que o movimento sindical demanda a gestão paritária do Sistema S, “As centrais sindicais vêm reivindicar paridade na gestão do sistema S para que o patronato não se aproprie do dinheiro do povo brasileiro para fomentar, financiar e pagar o golpe que foi tentado agora no dia 8”, disse o sindicalista.

Presidentes de centrais sindicais que se reuniram com Lula nesta quarta-feira:

Sérgio Nobre (CUT)
Miguel Torres (Força Sindical)
Adilson Araújo (CTB)
Ricardo Patah (UGT)
Antonio Neto (CSB)
Nilza Pereira (Intersindical)
Luiz Carlos Prates (Conlutas)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald (NCST)
Hugo Rene (Central Pública)
Emanuel Melato (Intersindical Instrumento de Lutas)

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