Conjuntura

Mercadante toma posse no BNDES e fala em ajuste da TLP

Coordenador técnico da equipe de transição, Mercadante afirmou que uma de suas missões à frente do banco estatal será ajustar a Taxa de Longo Prazo (TLP), criada em 2017 para impedir que a instituição adote uma taxa menor do que a definida pelo Banco Central

Rafaela Gonçalves
postado em 06/02/2023 12:39 / atualizado em 06/02/2023 15:57
 (crédito:  José Cruzr/Agência Brasil)
(crédito: José Cruzr/Agência Brasil)

Aloizio Mercadante afirmou, ao assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na manhã desta segunda-feira (6/2), que uma de suas missões à frente do banco estatal será ajustar a Taxa de Longo Prazo (TLP). Criada em 2017, a TLP existe para impedir que a instituição adote uma taxa de juros menor do que a definida pelo Banco Central.

“Não queremos e não estamos reivindicando o padrão de subsídios do Orçamento como ocorreu no passado, mas uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para micro, pequenas e médias empresas. Atualmente, a TLP apresenta enorme volatilidade e representa um custo financeiro acima do custo da dívida pública federal, o que penaliza de forma desnecessária as empresas”, declarou.

Confira cerimônia:

A política anterior do banco de fomento era alvo de críticas por causar desequilíbrio entre os setores público e privado no setor de crédito corporativo. Na ocasião, Mercadante disse que trabalhará por uma relação de equilíbrio com o Tesouro Nacional e também manifestou o desejo de entrar para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Se quisermos ter futuro, precisamos de um BNDES mais presente e atuante, e de uma relação de equilíbrio com o Tesouro. Mas não pretendemos ficar disputando mercado com o sistema financeiro privado, isso não é papel do BNDES. Precisamos de parceria e podemos contribuir para reduzir risco, abrir novos mercados, alongar prazos e elaborar um bom projeto para os investimentos privados”, explicou.

Financiamento no exterior

Uma das principais sinalizações feitas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi sobre a volta dos financiamentos por meio do BNDES para serviços de engenharia no exterior, que passou a ser negado após ser alvo de críticas de economistas e de opositores no Congresso.

Outra missão dada por Lula ao banco estatal, ainda na campanha eleitoral, foi aumentar a oferta de crédito em condições favoráveis ao investimento de pequenas e médias empresas. Sobre a questão, Mercadante anunciou um crédito indireto de R$ 65 bilhões e alavancagem por via de crédito privado para essas empresas.

A cerimônia, que aconteceu na sede do banco no Rio de Janeiro, contou com as presenças do presidente Lula, da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin (PSB) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Também participaram a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o ministro da Casa-Civil, Rui Costa, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, bem como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador do estado, Cláudio Castro.

Quem é Mercadante?

Aloizio Mercadante é economista com mestrado em Ciência Econômica e doutorado em Teoria Econômica. Também é professor licenciado de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Filiado ao PT, na vida política, foi deputado federal por dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003). Em 2002, foi eleito o senador com o maior número de votos da história na época, tendo ficado no mandato até 2011.

Foi ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (2011-2012), ministro da Educação (2012-2014), ministro de Estado Chefe da Casa Civil (2014-2015) e novamente ministro da Educação (2015- 2016). Ao assumir o Banco, deixa a presidência da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.

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