SERVIÇO PÚBLICO

Ester Dweck critica gestão de Guedes da folha de ativos: houve "precarização"

Em entrevista ao Correio, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos disse que não houve queda fruto de digitalização, como afirmava Guedes

Correio Braziliense
postado em 30/04/2023 18:52 / atualizado em 30/04/2023 20:03
 (crédito:  Mariana Lins)
(crédito: Mariana Lins)

Em entrevista ao Correio, publicada na edição deste domingo (30), a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, cutucou Paulo Guedes, ministro da Economia durante o governo Jair Bolsonaro. 

Perguntada sobre a reestruturação e tamanho da máquina pública, a ministra disse às jornalistas Rafaela Gonçalves e Rosana Hessel que Guedes se "vangloriava" de estar diminuindo a folha de ativos por conta da digitalização, mas, segundo Dweck, na verdade, o governo anterior estava precarizando os serviços públicos.

"Em alguns casos, queremos fazer uma transformação de cargos, e isso exige um projeto de lei. Assim você não aumenta o quantitativo. Um critério que não tinha antes e a gente incorporou é a capacidade de digitalização, que é uma coisa que o presidente Lula mencionou, inclusive. O então ministro da Economia Paulo Guedes se vangloriava de estar diminuindo a folha de ativos, dizendo que isso era fruto da digitalização. Discordo radicalmente disso. A queda que aconteceu foi de precarização, realmente", disse a ministra.

"Agora, isso não significa que a digitalização não reduza a necessidade quantitativa de algumas carreiras. Podemos fazer a transformação ou eventualmente aquele cargo deixar de existir de acordo com o critério de potencial de digitalização. A digitalização é relevante e pode fazer com que você precise de menos gente, mas isso não pode ser feito simplesmente enxugando os órgãos a ponto de ficarem sem condições de trabalho", concluiu. 

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