O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que há frustração na criação de vagas de emprego com carteira assinada diretamente relacionada às taxas de juros praticadas pelo Banco Central. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (29/6), o Brasil abriu 155,2 mil postos de trabalho em maio deste ano. Apesar do saldo positivo, é o terceiro mês consecutivo de desaceleração.
“É flagrante o que leva a esse processo, é a ausência de crédito. E isso está vinculado diretamente aos juros praticados. Eu responsabilizo as autoridades que teriam que ter começado um processo de redução de juros no país”, criticou.
- Caged: Brasil cria 155,2 mil empregos com carteira assinada em maio
- BC: Copom sinaliza corte de juros em agosto, se inflação continuar caindo
- Campos Neto se defende de divergência entre ata e comunicado do Copom
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, patamar que está desde agosto do ano passado. Em ata, publicada na última terça-feira (27), a autoridade monetária sinalizou que pode revisar a Selic na próxima reunião, caso o processo desinflacionário continue.
O ministro disse que se o Banco Central fosse uma empresa privada, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, já teria sido demitido. “Se fosse uma empresa privada, certamente o presidente do Banco Central teria sido demitido pelo não cumprimento das suas obrigações”, disse Marinho.
Ele defendeu ainda que é função do Senado Federal “olhar” as ações da autarquia, que tem autonomia para tomar suas decisões. “Não se justifica o juros praticados no Brasil. Hoje é o mais alto do mundo. Sacrifica não somente empregos, mas as contas públicas também”, declarou.
Saiba Mais
-
Economia
Combustíveis podem ficar mais caros a partir desta quinta (29/6); entenda
-
Economia
Haddad confirma ampliação do programa de desconto para carros populares
-
Economia
IGP-M, a inflação do aluguel, cai 1,93% e acumula queda de 6,86% em um ano
-
Economia
Banco Central projeta deflação em junho e revisa PIB de 2023 para cima
-
Economia
Caged: Brasil cria 155,2 mil empregos com carteira assinada em maio
-
Economia
Campos Neto se defende de divergência entre ata e comunicado do Copom
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.
Economia
Economia
Economia
Economia
Economia
Economia